sexta-feira, dezembro 28, 2007

Meus hinos predilectos

Queen "Bohemian Rhapsody"

A fiesta

"As coisas que aconteceram só podiam ter acontrecido durante um fiesta. Tudo de tornou inteiramente irreal; e parecia que nada poderia ter consequências. Até parecia deslocado pensar em consequências, durante a fiesta. Durante a fiesta tínha-se a sensação, mesmo quando havia sossego, de que era preciso berrar para ser ouvido. Acerca de qualquer acto, a sensação era a mesma. Era uma fiesta e durava setes dias."
Ernest Hemingway "O sol nasce sempre"

Tudo maior, tudo gritado, mais riso, folguedo, mais choro e pranto.
O choque vem quando descobrimos que, afinal, era tudo real... afinal tudo tinha consequências.

quinta-feira, dezembro 27, 2007

Vida e morte

"Do solo fez o Senhor brotar toda a sorte de árvores agradáveis à vista e boas para alimento; e também a árvore da vida no meio do jardim e a árvore do conhecimento do bem e do mal. (...) ...mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás."
Génesis 2: 9, 17

Duas árvores, uma perto da outra, uma, a da vida, outra, a que traria a morte...
Perto uma da outra....
Será que eram parecidas?

quarta-feira, dezembro 26, 2007

Foco

A recompensa do ministério (quando uso esta palavra refiro-me à vida de serviço a Deus que, obviamente, é destianda a todas as pessoas) não é quando vemos os fiéis a crescer na fé, nem tão pouco o é quando aquela alma, isolada, perdida se converte.
A recompensa é a honra de servir ao Rei dos reis, Deus altíssimo, criador dos céus e das terra, Alfa e Omega.
A recompensa é servi-Lo sem recompensa.

Creio até que, por lógica simples, apresentarmos outro tipo de justificação à nossa diaconia é uma diminuição, indirecta (e até dou o benefício da dúvida de ser inconsciente, por ignorância e com boa intenção), do Deus a quem servimos.

sexta-feira, dezembro 21, 2007

De volta com a errata...

Decidi, com o consentimento de mais ninguém, que esta rubrica, indesejável, só aparecerá quando o erro for tão clamoroso que nem a edição do post inteiro cure a minha queda e crescente má reputação como escritor(antes fosse) ou coisa que o valha.
Uma coisa é escrever com erros que acontecem ocasionalmente, ou com uma distracção, ou com uma tecla mal pressionada. Com a pressa lá fica o erro para a história, ou apagado horas depois.

Blogues não são para pessoas com pressa, dizem-me com razão.

Pois desta vez cometi o erro mais grave, o anátema, o pecado mortal. Escrevi mal o título do livro que leio por hora. Erro que, amavelmente, o meu querido amigo Tiago Oliveira (encontrá-lo-ão algures por aqui) fez questão de me admoestar com a sensibilidade que lhe é reconhecida.

Pior... não só me enganei no título do livro que estou a ler, mas fi-lo por duas vezes. não só duas vezes, mas duas vezes seguidas.

Vão buscar o poste, amarrem-no e queimem o herege...

Onde se lê "O Cristo genético", deve-se ler o "Cristo genérico".

Trindade

"Descobrimos sob a imagem da Trindade, que não conhecemos Deus ao defini-lo, mas ao sermos amados por Ele e ao correspondermos a esse amor."

Eugene Peterson "A maldição do Cristo genético"

Revelação

Comecei a ler o último livro de Eugene Peterson, "A maldição do Cristo genético". Confesso que já tinha suadades de ler um livro dele.

Deus usa tudo para se revelar nós. Começando na criação, passando por um livro e, na sua forma mais sublime, Cristo descido à terra, Emanuel.

Mesmo assim, na eternidade, seremos surpreendidos com que que virmos eternamente.

quinta-feira, dezembro 20, 2007

Rasgou as vestes

"Este é o testemunho de João, quando os Judeus mandaram de Jerusalém Sacerdotes e Levitas para que lhe perguntassem: Quem és tu?
E confessou e não negou; confessou: Eu não sou o Cristo."
João 1: 19-20

A posição mais perigosa do mundo...
Perto da glória, da exaltação. Honra indevida, bem entendido, mas quem saberia?
No entanto ele confessou, e tal como Paulo e Barnabé rasgaram as suas vestes, face à provável, perversa, mas também saborosa adoração de homens, João desceu à sua condição, também ragou as suas vestes.
"Sou homem... não sou o Cristo."

terça-feira, dezembro 18, 2007

Pecado original

Um colega meu "apanhou uma corrente de ar" e, graças à inoportuna situação, contraiu uma paralisia facial.
O resultado prático dessa situação, para além dele ficar em casa, foi que eu fiz turnos extras durante duas semanas. Durante duas semanas trabalhei dexasseis horas como quem trabalha oito.
Diga-se de passagem que, a probabilidade da minha atenção estar a 50 por cento nas últimas seis horas de cada dia era ínfima...

Eva, porque é que ouviste a serpente?

segunda-feira, dezembro 17, 2007

Meus hinos predilectos, especial Natal... IV

Leonard Cohen - "Hallelujah"

Natal...

As multidões já tinham ido para as suas terras e já havia lugar para dormirmos. Tínhamos que ficar porque o bébé era pequeno...

Estranhos entram no nosso quarto com ofertas... Quem é esta gente?
"São ofertas para o Menino..." Como é que conhecem o menino?

Maria ficava sempre muito calada e eu também não sabia muito bem o que dizer...
O anjo ia-nos orientando.

Ofertas

Há uns dois anos atrás, não na época Natalícia, oferecemos à matraiarca, com parte do dinheiro de uma pequena herança, uma televisão e uma assinatura do programa básico da televisão por cabo.
"Eu não preciso disso... gosto muita da minha RTP1 e da dos Açores... não era preciso nada disso..." tentava argumentar ela.
Tudo verdades, mas a mudança não vem apenas pela necessidade, também pelo prazer. No primeiro ano rendeu-se às novelas dos outros canais e apaixonou-se pela Tv Globo, que era acessível ao programa pago na altura.
"Agora, a record é boa, mas não é a mesma coisa, perdi o meu "Caldeirão do Huck"" (que pronunciava como se se tratasse do super-herói verde)...
A globo parou de dar... agora querem dinheiro extra...

Houve, nessa altura, a internacionalização de gostos. Passou a ver os "talkshows" da "Oprah" e do "Dr Phil". Eu quase que a imaginava confortável no meio do histerismo provocado naqueles espectadores.

Este ano vamos oferecer-lhe um Telemóvel. Ela diz que não precisa, mesmo sabendo que são inúmeras as vezes em que tentamos contactá-la sem lhe encontrar paradeiro.

"A mãe não precisa?... A ver vamos."

quinta-feira, dezembro 13, 2007

Meus hinos predilectos, especial Natal... II

Uma canção de Natal... Relient K

Natal...

... e continuou... Ele não só seria o Salvador, mas era, de facto, Deus entre nós.
A minha boca não parava de abrir mais.
Não fosse a presença do anjo durante este tempo todo, e eu nem saberia o que fazer.
O Senhor estava mesmo a tomar conta disto tudo a toda a altura.

E este era apenas o nosso primeiro filho...

terça-feira, dezembro 11, 2007

É tão mau que dá a volta e fica bom, já dizia o meu amigo Samuel Úria...

O título não se refere á obra de que vos vou falar... Seria eu anátema se achasse que Jorge Amado precisava da tamanha volta para ser bom.

Pois bem, estou a ler um livro dele. Muita gíria Brasileira usa ele, e muita é a gíria Brasileira.

Não fossem os anos de convívio com missionários seus conterrâneos cá, cumprindo o mandato divino, e eu pouco percebia do que estava escrito.


Há bens que em exagero se tornam males, e há males que vêm por bem.

P.S. - Eram eles e as novelas da Globo, mas, as últimas, na altura, eram fruto proibido da árvore de Satã.

Natal...

Um clarão, que vim a descobrir, posteriormente, que era um anjo (gente importante), falou comigo...
Disse-me que eu não devia desconfiar, nem deixá-la. Sinto-me um bocado mais tranquilo.
Depois ele disse uma coisa que eu ainda hoje não percebo muito bem...
Ele disse que o bébé ia ser o Salvador.
Salvador de quê? De quem? Ou será isso só o nome dele?

Porquê nós para fazermos isto?

quinta-feira, dezembro 06, 2007

Recomeço

" Do tronco de Jessé sairá um rebento, e das suas raízes, um renovo. Repousará sobre ele o Espírito da Senhor, o Espírito de sabedoria e de entendimento, o Espírito de conselho, e de fortaleza, o Espírito de conhecimento e de temor do Senhor.
Deleitar-se-á no temor do Senhor;"

Isaías 11:1-3a

segunda-feira, dezembro 03, 2007

Rasca

Quem me dera saber escrever...
Quem me dera saber escrever ao ponto de falar com propriedade do botequim, quando vou lá ver a "bola".
Seria, agora que estou entusiasmado com ele, alguma coisa tipo Hemingway... Um Hemingway rasca, mas bem escrito.
Já não existiriam os telegramas entre personagens, nem cartas do correio lentas que aumentam a espera mas também o gozo de as receber (essas são abundantes em Hemingway). Não haveriam as viagens de comboio, longas e demoradas, nem as esperas de semanas seguidas em puro ócio e em esplandadas requintadas.
Escreveria, apenas, sobre os noventa e poucos minutos que duraria o jogo e o pagamento das contas ao proprietário do estabelecimento. Nada de falar da vida de um e de outro.
Não haveriam herdeiros ricos, nem escritores boémios com a conta bancária sempre bem "recheada". No botequim andam construtores civís, seguranças nocturnos, funcionários públicos... pessoas que todos os dias têm que labutar para ganhar o pão que rapidamente transformam nos vícios da perdição.
Não há obviamente o rum nem o champanhe, nem o cachimbos. Vinho a martelo e cigarros baratos são os grandes protaginstas aqui. Seria tudo muito mais cru...
É uma vida perdida, uma espiral descendente que começa com o fim do trabalho remunerado e termina no outro dia de manhã.
No próximo fim de semana haverá "bola" outra vez...


P.S. - A diferença em mim é que antes também gastava o meu dinheiro nos meus vícios.