Efésios 1: 1-2
Uma
introdução a uma carta é sempre algo revelador. Ali vemos se a pessoas têm
intimidade, que tipo de pessoa é que escreve, que tipo de pessoa recebe, se são
familiares, se são familiares que se dão bem, se é uma relação “politicamente
correta apenas, etc.
Quando há
grande familiaridade, basta um “querido fulano” para se começar a carta. Não
são necessárias palavras “caras”, nem formatações específicas, nem carimbos,
nem outras coisas assim, para que se valide a carta.
Quando não
a há, então, são outros os procedimentos. Até existem minutas para servirem de
orientação na composição dessas cartas. A formatação, os termos, os prefixos,
os sufixos, são todos imprescindíveis e sem eles a carta, poderá nem ser lida.
Nesta
introdução vemos muito do que Paulo é. Vemos não o só o que Paulo é mas também
vemos o que Paulo é em relação aos leitores da sua carta. Também vemos, nesta
introdução, o que é que a igreja deve ser. E finalmente, vemos, nesta introdução,
que sentimentos devemos ter para com os outros.
Paulo
chamava-se apóstolo. Apóstolo significa “enviado”. Aliás, noutras cartas, para
Paulo, é importante argumentar claramente acerca da sua autoridade apostólica.
Isto
significa que Paulo era alguém enviado por outrem. Não tinha sido a sua vontade
que o tinha levado até ali, antes, ele tinha sido mandado para ir.
Mas não é o
apostolado de Paulo que me chama atenção. Porque podemos alegar que não somos
apóstolos, há até quem creia que os apóstolos foram só os que viveram no Novo Testamento,
os que viram, pessoalmente, o Senhor Jesus.
O que me
chama atenção, mais do que saber que Paulo abdica da sua própria vontade para
conduzir a sua vida, é a pessoa a quem ele entregou este caminho.
O que
fazemos, onde trabalhamos, onde vivemos é a vontade de quem?
O que Paulo
nos diz é que, ele era quem era, porque Deus quis que ele fosse quem fosse. Ele
tinha abdicado da sua vontade, para a entregar a Deus.
Nós
alegamos as mais variadas razões para sermos como somos. Alegamos a nossa
personalidade, traumas, doenças, culpa dos pais, educação, terra onde vivemos,
etc.
Mas
raramente dizemos que somos assim porque Deus quis.
Aprendemos com
Paulo a sermos o que Deus quer que sejamos. Aprendemos a matar a nossa vontade
e os nossos planos para que sejam os planos de Deus a vingar. A nossa opinião é
posta em segundo plano para que seja a do Senhor a vingar.
1 comentário:
A estabilidade é importante e transições são processos difíceis, mas às vezes elas são necessárias. Quando eu comecei meu trabalho na empresa Matacura, eu tive que mudar da cidade, mas no final valeu a pena.
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