segunda-feira, junho 03, 2013

Uma questão que me assalta



À medida que leio um livro acerca de oração, sou incomodado, constantemente, por uma questão acerca da vida cristã.
Porque é que vivo como devo viver? O que é que faz com que eu deva ser obediente? O que é que me leva a ser alguém de oração? O que é que me motiva a ter fé, vontade de estar com Deus, fazer boas obras?

Vejo claramente que duas pessoas podem exibir o mesmo comportamento de “bom cristão”, e nem por isso, ambos estarem em paz com Deus.

Os meios não nos levam ao fim.
A oração não é uma forma de eu conseguir algo.
A obediência não me torna mais espiritual.
A confiança não me faz aproximar de Deus.

Primeiro, Deus oferece-nos o fim. Deus, em Cristo, justifica-nos, anulando o poder do pecado obre nós. Esta acção de Deus sobre nós permite a nossa comunhão com Deus. Tudo isto é oferecido por Deus a nós. Depois, a oração, a fé, a confiança, a obediência, e outras boas obras são, acto de adoração e gratidão pelo que Deus nos fez. Mas creio que o ensino Bíblico vai ainda mais longe, nenhuma destas obras ou disciplinas, ou relacionamentos com Deus (como as quiserem chamar), são obra nossa. Deus age em nós levando-nos a crescer em cada uma delas.

Sendo assim, a oração acontece porque Deus colocou em mim um desejo de O conhecer e, por isso, busco-O. A obediência acontece porque Deus colocou em mim um amor tal por Ele que o meu maior anseio é obedecer e fazer a Sua vontade.
A pergunta que surge imediatamente, então, é, “porque é que uns oram mais do que outros, uns são mais obedientes do que outros?”

Creio que a reposta pode ser dada, pelo menos, de duas formas:
Em primeiro lugar, acredito que muitos membros de igrejas que reputamos por serem salvos, porque certo dia levantaram a mão a um apelo, não são salvos. Muita gente nas igrejas é religiosa, aficionada, interessada, curiosa, mas não convertida. Em segundo lugar, é ensino Bíblico que é possível crescermos na fé e no compromisso com o Senhor. Se é possível crescer, entende-se que hajam uns mais “infantis” do que outros.
A grande questão que tenho em relação a estes casos, é que parece que a largíssima maioria da membresia das igrejas é espiritualmente infantil, e não faz nada em relação a isso.
A questão, como tinha dito anteriormente é: Será que o cristão, realmente convertido, não quer crescer?