quarta-feira, agosto 14, 2019

Aconselhamento pastoral

Acabei de ler mais um livro, "O pastor e o aconselhamento" de Jeremy Pierre e Deepak Reju.
Para além do nome do segundo autor fazer-me sempre lembrar Tupack Shakur (nem sei se é assim que escreve), este foi um livro bastante útil, tal como o anterior de Jonathan Leeman.
O aconselhamento é grande fatia do trabalho pastoral. É um trabalho lento, gradual, sem sucesso garantido, mas imprescindível.
A tese dos autores é que os pastores foram chamados para cuidar de pessoas e aconselhar é cuidar de pessoas.
O objetivo do aconselhamento Bíblico é levar a pessoa a reconhecer Deus e a Sua obra na sua vida. Visamos que aquele que está em dificuldade conheça melhor a Deus, dependa dEle e seja curado por Ele.
Este é um livro muito prático com instruções diretas em todas as fases do aconselhamento.
Nem sempre teremos sucesso nesta caminhada. Não temos sucesso por defeito nosso, por falta de determinação do outro, por falta de confiança no pastor, etc. Ninguém pode obrigar outro a ser aconselhado, ninguém pode obrigar o outro a fazer determinadas tarefas e 80% do trabalho neste processo deve ser feito pelo aconselhado em vez de pelo aconselhador.
Este ministério é provavelmente dos que mais desgastam as vidas dos pastores. É tão fácil entrarmos nos problemas dos outros, desanimarmos com a falta de resultados, perdermo-nos nos encontros e na frequente manipulação de muitos pacientes. A solução de alguns pastores é negligenciar este trabalho. Ao fazermos isto, estamos a negligenciar o chamado que Deus nos fez e ao próprio Corpo de Cristo.
Por outro lado, devemos pedir continuamente ao Senhor por discernimento para saber até onde podemos ir. Devemos ter a capacidade para saber quando parar o aconselhamento.
Paramos o aconselhamentopor várias razões: Por estar resolvido o problema, por falta de resultados, por estarmos perante um problema que sai da nossa capacidade (geralmente problemas do foro médico ou psíquico), etc. Mas é importante dizer que parar o aconselhamento não significa abandonar a pessoa. É importante, como pastores, se estamos a tratar de um membro da igreja que pastoreamos, mantermos um acompanhamento regular, amoroso e discipulador.
Depois de ler este livro percebi a quantidade enorme de erros de abordagem, e de organização que tenho cometido no aconselhamento que tenho prestado. Percebo que é um ministério em que tenho a crescer muito. Peço a orientação do Senhor para que me possa capacitar.

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