A questão moderna das doenças de alma como alvos de tratamento
pastoral ou não, é parte do que Porte Jr. trata neste livro.
Ouço,
com muita frequência, vozes crítica a um aconselhamento pastoral,
ou tratamento espiritual de assuntos como doenças do foro psíquico.
“O pastor deve ficar no seu lugar e deixar os psicólogos tratar
dos seus”.
Concordo
em tese com esta afirmação. O problema reside no que delineamos
como os problemas referentes aos pastoes e os problemas referentes
aos psicólogos. Concordo que tal como uma pessoa que tem uma gripe,
precisa de se tratar medicinalmente, uma pessoa com uma doença do
foro psíquico, deve ser tratada nessa área.
O
que muitas vezes observo é exatamente o contrário. Os psicólogos
tentam administrar tratamento em assuntos que não lhes dizem
respeito. Coloca-se toda a “doença de alma” no mesmo “saco”
e pressupõe-se que toda ela deve ser tratada psicologicamente.
Quando
a disfunção é física e mental, assim deve ser tratada, mas também
tem que se ter em conta que muita doença “mental” é, no fundo
espiritual. Qualquer tratamento, meramente psicológico será apenas
um paliativo, que mascara ou encobre um problema que ficará sempre
por curar.
Creio
que teremos que crescer, em ambos os sectores, psicologia e
pastorado, em sensibilidade para perceber com mais rigor o que é o
quê.
Ambos
são de extrema importância, mas ambos são tremendamente
destrutivos quando invadem o campo de ação do outro.
Dito
de oura forma, é extremamente importante que uma pessoa que sofra de
depressão seja tratada por médicos, ou profissionais da área, no
entanto, nunca devemos escamotear que há muita dieça que é
resultado de pecado, e que arrependimento e oração são primordiais
nestes casos.
Para
além destes pormenores, há palavra de esperança para todos os que
são filhos de Deus.
Deus
está sempre connosco. É impressionante como o sentimento de solidão
é uma constante na depressão. Mesmo nesse fase aguda, temos que
nunca esquecer que Deus está sempre presente.
Deus
cuida de nós. Somos criados por Deus, Deus conhece todo o nosso
interior, Deus sabe o que o nosso mais íntimo necessita. O resultado
é que Deus te o que verdadeiramente precisamos. Ele cuida da nossa
alma da forma mais profunda possível.
Nãoo
temo em nós capacidade suficiente para ultrapassarmos sozinhos a
depressão. Aliás este é o fator que vai definir se Deus vai cuidar
de nós ou se nós iremos tentar vencer com a nossa força. Aquele
que é filho de Deus tem sempre maior fonte de poder, amor e
sabedoria à distancia de uma oração. Num mundo ideal, o cristão
nunca entraria em pânico. O pânico impede-os de desfrutarmos da
ação de Deus na nossa vida.
A
Bíblia está releta de casos de servos de Deus que revelaram
sintomas e sinais de grande tristeza e depressão. Em todos eles Deus
agiu cuidando, em parte deles a solução passava por tratamento
físico, em outra parte por arrependimento, oração e comunhão com
Deus.
O
que quero dizer com isto é que Deus é imprescindível para a
verdadeira cura de todas ass depressões, no entanto, muitasa delas
requerem tratamento médico.
A
boa notícia é que a presença de Deus que o discípulos, no
ministério de Jesus sentiram, é exatamente a presença que sentimos
hoje. O Espírito, Consolador, vem enviado por Jesus, e em
substituição equiparada a Jesus, porque trata-se do Espírito do
próprio Cristo.
Outra
boa notíccia de graça é que a mensagem e as Palavras que nos devem
animar e restaurar, continuam em ação nos nossos dias. Aliás, é
para isso mesmo que o Espírito Santo vem às nossas vidas. Para nos
lembrar das Palavras de Cristo.
A
conclusão a que chegamos é que se existe alguma falha no que diz
respeito à cura divina, tem a ver com uma falha nossa de não
buscarmos a Deus como deveríamos, e não de Deus não agir como
prometeu na Sua Palavra.