Somos pessoas imperfeitas, pais imperfeitos, pastores imperfeitos,
trabalhadores imperfeitos.
Esta é a clara convicção com que fico depois de ler três
livros juntos. Um acerca de ministério pastoral, outro acerca de criação de
filhos e outro acerca de teologia do trabalho. A saber, “Pastor Imperfeito”,
Zack Eswine; “O Evangelho no Trabalho”, Sebastian Traeger & Greg Gilbert; “Pastoreando
o Coração da Criança”, Ted Tripp.
Nada do que temos é um fim em si mesmo, aliás, tudo o que
temos, apenas ganha significado se percebermos que acima de tudo está Deus.
Deus é o nosso patrão no trabalho, Deus é aquele que apontamos para que os
nossos filhos conheçam e amem e no ministério pastoral procuramos caminhar à
velocidade de Deus, morrendo cada dia para que seja Deus a fazer o que tem de
ser feito.
A grande tentação nestas áreas é a de vivermos centrados em
nós. Trabalhar em função da carreira idolatrando-a ou sendo indulgente, educar
filhos para manipular o comportamento a fim de sermos louvados ou pastorear
para a grandeza e para o louvor dos homens.
A educação é um trabalho lento, contínuo, invisível e muito
trabalhoso. O nosso alvo é atingir o coração da criança, não apenas condicionar
o seu comportamento. O ministério pastoral sofre da grande tentação da
impaciência, da busca desenfreada por uma agenda preenchida e por “fazer
grandes coisas para Deus”. No entanto, é no silêncio, junto dos que ninguém
conhece, fazendo um trabalho de contemplação, esperando pela ação de Deus que
se move o pastor. Pode ser que Deus faça algo grandioso até aos nossos olhos, aí
acompanhemo-lo. Mas a grande lição é que o pastor não foi chamado para buscar e
viver em função de coisas rápidas e grandes. Ele é chamado para cuidar de
pessoas nos lugares onde mais precisam.
O pastor não pode estar em todo o lugar, não consegue curar
todas doenças e não consegue lutar todas as batalhas.
O trabalho “secular” (com secular refiro-me ao que todos nós
entendemos, erradamente, como trabalhos que não são religiosos), é ministério. Não
menos que o pastoral ou o missionário. O trabalho é santo, é mandamento de Deus
para dominar a terra.
O filho de Deus não faz separação entre secular e pagão.
Deus é o Senhor de tudo. Logo, servindo com os olhos postos no grande Senhor,
todos somos ministros de Deus.
Sendo pastor, sendo trabalhador “secular, sendo pai, servimos
todos ao mesmo Deus. Deus é o denominador comum em todas as áreas, para Ele
vivemos.
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