sábado, julho 06, 2019

Esta minha mania de ler vários livros e tentar integrá-los numa conclusão apenas…


Somos pessoas imperfeitas, pais imperfeitos, pastores imperfeitos, trabalhadores imperfeitos.

Esta é a clara convicção com que fico depois de ler três livros juntos. Um acerca de ministério pastoral, outro acerca de criação de filhos e outro acerca de teologia do trabalho. A saber, “Pastor Imperfeito”, Zack Eswine; “O Evangelho no Trabalho”, Sebastian Traeger & Greg Gilbert; “Pastoreando o Coração da Criança”, Ted Tripp.

Nada do que temos é um fim em si mesmo, aliás, tudo o que temos, apenas ganha significado se percebermos que acima de tudo está Deus. Deus é o nosso patrão no trabalho, Deus é aquele que apontamos para que os nossos filhos conheçam e amem e no ministério pastoral procuramos caminhar à velocidade de Deus, morrendo cada dia para que seja Deus a fazer o que tem de ser feito.

A grande tentação nestas áreas é a de vivermos centrados em nós. Trabalhar em função da carreira idolatrando-a ou sendo indulgente, educar filhos para manipular o comportamento a fim de sermos louvados ou pastorear para a grandeza e para o louvor dos homens.

A educação é um trabalho lento, contínuo, invisível e muito trabalhoso. O nosso alvo é atingir o coração da criança, não apenas condicionar o seu comportamento. O ministério pastoral sofre da grande tentação da impaciência, da busca desenfreada por uma agenda preenchida e por “fazer grandes coisas para Deus”. No entanto, é no silêncio, junto dos que ninguém conhece, fazendo um trabalho de contemplação, esperando pela ação de Deus que se move o pastor. Pode ser que Deus faça algo grandioso até aos nossos olhos, aí acompanhemo-lo. Mas a grande lição é que o pastor não foi chamado para buscar e viver em função de coisas rápidas e grandes. Ele é chamado para cuidar de pessoas nos lugares onde mais precisam.

O pastor não pode estar em todo o lugar, não consegue curar todas doenças e não consegue lutar todas as batalhas.

O trabalho “secular” (com secular refiro-me ao que todos nós entendemos, erradamente, como trabalhos que não são religiosos), é ministério. Não menos que o pastoral ou o missionário. O trabalho é santo, é mandamento de Deus para dominar a terra.

O filho de Deus não faz separação entre secular e pagão. Deus é o Senhor de tudo. Logo, servindo com os olhos postos no grande Senhor, todos somos ministros de Deus.

Sendo pastor, sendo trabalhador “secular, sendo pai, servimos todos ao mesmo Deus. Deus é o denominador comum em todas as áreas, para Ele vivemos.  

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