quarta-feira, dezembro 17, 2025

A Igreja é Santa

Continuamos a nossa caminhada em Eclesiologia. O propósito do tempo e espaço dedicado a este assunto é  amarmos mais a igreja como Corpo de Cristo, e entendermos cada vez melhor a seriedade e o mandato de Deus para a igreja local. Relembro que estamos a estudar quatro termos que definem a igreja e que saíram do concílio de Nicéia. Ali definiu-se a Igreja como sendo Una, Santa, Católica e Apostólica. Todos estes termos são aplicáveis tanto à igreja local quanto à igreja Universal.

A nossa intenção hoje é tratar da “santidade da igreja”.

Quando se ouve falar de santidade, muito do que temos em Êxodo e Levítico é trazido à memória. O Pentateuco mostra-nos quem é Deus, quem somos nós, quem é o Seu povo e que relação tem a santidade de Deus com o Seu povo.

Em poucas Palavras, Deus é Santo e porque Deus é Santo, a ligação com o Seu povo é direta. Porque o povo de Deus pertence a Deus, o povo de Deus deve ser santo, como lemos em Levítico 19:2 “Fala a toda a congregação dos filhos de Israel e dize-lhes: Santos sereis, porque eu, o SENHOR, vosso Deus, sou santo.” 

Então, tendo dito isto, é importante esclarecer algo muito importante. O que significa ser santo?

Nós vivemos numa cultura que vê a santidade de uma forma meramente moral, e de forma hierarquizada. Isto quer dizer que, a pessoa chamada santa é assim por causa de alguma obra ou coisa que tenha feito em vida. Isso significa que por causa dessa classificação, essa pessoa é vista como superior a outra pessoa qualquer. Neste caso, a santidade depende de cada indivíduo e serve o bem esse mesmo indivíduo.

A santidade para a qual somos chamados por Deus, está intimamente ligada a Deus e não a nós, e aponta toda ela apenas para Deus e nunca para nós.

“Santo” significa separado, ou então consagrado, diferente. Deus é santo porque não há ninguém como Deus.

Quando Deus salva alguém, a Bíblia ensina que essa pessoa é logo feita filha de Deus. Ou seja, essa pessoa, mesmo ainda vivendo na terra, ao ser salva, é logo separada para Deus, como Sua propriedade. Por outras palavras, na conversão, há um momento claro em que somos feitos plenamente santos porque quando Deus nos converte, Ele está a adquirir-nos para Si e a separar-nos, pela obra e méritos de Jesus Cristo na cruz, que pagou o nosso preço.

No entanto, todos sabemos que, mesmo depois da nossa conversão, infelizmente, ainda lutamos e ainda não somos completamente separados nem consagrados para Deus. Podemos dizer que, ao sermos salvos por Deus, começamos uma caminhada de aperfeiçoamento e crescimento espiritual em direção a Ele que culmina na Glória eterna. A esse processo chamamos de santificação.

O que é importante percebermos é que ao mesmo tempo que estamos a caminho da perfeição, Deus já nos resgatou completamente, e somos completamente santos pelos méritos de Cristo na cruz, como podemos ler em João 1:12, 5:24:

"Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que creem no seu nome" (João 1:12)

"Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida." (João 5:24)

segunda-feira, dezembro 15, 2025

Só mais este...

 

“O pregador moderno reverencia Jesus; ele tem o nome de Jesus sempre nos seus lábios; ele fala de Jesus como a suprema revelação de Deus; ele entre, ou tenta entrar na vida religiosa de Jesus. Mas ele não tem uma relação religiosa com Jesus. Jesus para ele é um exemplo de fé, não O objeto da fé.”

J. Gresham Machen, “Christianity and Liberalism”

quarta-feira, dezembro 10, 2025

Voltando a Machen

 “De acordo com a fé cristã, Jesus é o nosso salvador, não em virtude do que Ele disse, nem mesmo em virtude do que Ele é, mas pelo que Ele fez. Ele é o nosso salvador, não porque nos inspirou a viver a mesma vida que Ele viveu, mas porque Ele tomou sobre Si a terrível culpa dos nossos pecados e carregou-a em vez de nós na cruz.”

J. Gesham Machen


terça-feira, dezembro 09, 2025

Credo de Niceia

Cremos em um Deus, Pai Todo-poderoso, Criador do céu e da terra, e de todas as coisas visíveis e invisíveis.

E em um Senhor Jesus Cristo, o unigênito Filho de Deus, gerado pelo Pai antes de todos os séculos, Deus de Deus, Luz da Luz, verdadeiro Deus de verdadeiro Deus, gerado não feito, de uma só substância com o Pai; pelo qual todas as coisas foram feitas; o qual por nós homens e por nossa salvação, desceu dos céus, foi feito carne pelo Espírito Santo da Virgem Maria, e foi feito homem; e foi crucificado por nós sob o poder de Pôncio Pilatos. Ele padeceu e foi sepultado; e no terceiro dia ressuscitou conforme as Escrituras; e subiu ao céu e assentou-se à direita do Pai, e de novo há de vir com glória para julgar os vivos e os mortos, e seu reino não terá fim. 

E no Espírito Santo, Senhor e Vivificador, que procede do Pai e do Filho, que com o Pai e o Filho conjuntamente é adorado e glorificado, que falou através dos profetas. 

Creio na Igreja una, universal e apostólica, reconheço um só batismo para remissão dos pecados; e aguardo a ressurreição dos mortos e da vida do mundo vindouro.

sábado, dezembro 06, 2025

Christianity and Liberalism

 


Li J. Gresham Machen. Não conhecia. É muito bom.

O livro “Christianity and Liberalism” trata de um problema que assolou a igreja cristã no século XX, a teologia liberal. Não pensemos, no entanto, que este já não é um problema atual nas igrejas. Apesar de não ser geralmente tratado na academia, tal como uma erva daninha que mesmo depois de a arrancarmos deixa a sua raíz para depois nascer novamente, hoje ainda vemos sinais perigosos de contínua aproximação a esta teologia.

Parte do mal do liberalismo vem por afirmar verdades teológicas de forma parcial.

Em primeiro lugar, enfatizam a humanidade de Jesus e a identificação de Deus com a Sua criação, mas não exaltam nem se humilham perante a sua transcendência e santidade. Para o liberalismo, Deus é como que um de nós de forma exaltada, e Jesus foi o primeiro cristão que nos serviu de exemplo. Diminui-se Deus.

Em segundo lugar, o homem tem em si mesmo a capacidade para ser como Deus através da imitação de Jesus que visa o seu crescimento moral. No liberalismo teológico, homem é exaltado.

Em terceiro lugar, o sacrifício vicário de Jesus é visto como um modelo para o nosso viver sacrificial em prol dos outros. O liberalismo rejeita o sacrifício de Jesus na cruz como sendo redentor.

Os milagres são rejeitados porque o sobrenatural não é visto como algo que acontece na história do homem. O liberalismo é deísta. Afirmam que Deus não tem interesse nem influência direta na vida do homem. O relacionamento da fé está numa outra esfera que não a da vida diária.

Em muitas destas afirmações encontramos parte de alguma verdade, e este é o grande problema. Quando omitem toda a verdade, até essas “verdades” afirmadas, tornam-se altamente enganosas e blasfemas.

Ao lermos tudo isto, parece que está tudo muito distante do que nós pensamos atualmente como evangélicos. No entanto, de acordo com Carl Truman, não está.

Hoje atrai-nos muito mais, e até chega a ser pregado de púlpitos, um Deus que nos serve e que funciona em função de nós. Frases como “tu és capaz”, “vai tudo ficar bem”, “tu vais vencer”, “a salvação é uma sinergia”, e outras que agora não me ocorrem, são uma forma seminal de exaltação do homem. No fundo, não somos assim tão maus.

Na nossa relação com Deus também vemos marcas desta praga perniciosa do liberalismo. Deus não tem a ver com a nossa vida prática. Deus tem alguma palavra a dizer quando se trata de assuntos religiosos, mas de questões como carreira, lazer, família, dinheiro, etc. esses são assuntos “meus”.

 

Uma das conclusões do autor é que o liberalismo não é uma forma alternativa de cristianismo. O liberalismo, pura e simplesmente não é cristianismo!

Examinemos as nossas vidas e as nossas igrejas para não nos afastarmos de tal forma de Deus e da fé verdadeira que, daqui a uns anos, sejamos apenas nominais no nosso cristianismo. 

Algumas citações virão em boa altura nos próximos dias.

sexta-feira, dezembro 05, 2025

A igreja é Una II

 A questão que podemos colocar é, como é que tudo isto se articula na vida real?

A unidade da Igreja significa que todos os crentes de todas as eras e em todos os lugares, um dia estarão todos num só lugar como um só corpo, e assim, de forma visível, formarão a Igreja Universal do Senhor Jesus Cristo. É importante dizer que esta Igreja existe agora, mas não é visível nem pode ser vivida porque não é possível congregar ou ter comunhão com todos os filhos de Deus em todo o lugar.

Neste aspeto, há uma única Igreja de Jesus Cristo que percorre todas as eras e todos os povos. São todos aqueles que foram salvos pela Obra de Jesus Cristo na cruz. Esta unidade só é possível porque Jesus é a cabeça da igreja e o Seu Espírito é quem nos une.

“Depois destas coisas, vi, e eis grande multidão que ninguém podia enumerar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, em pé diante do trono e diante do Cordeiro, vestidos de vestiduras brancas, com palmas nas mãos; e clamavam em grande voz, dizendo:

Ao nosso Deus, que se assenta no trono, e ao Cordeiro, pertence a salvação.” (Apocalipse 7:9-10)

 

Já deu para perceber que esta unidade não é possível nesta vida. Mesmo assim, a igreja é chamada à unidade, como lemos em Efésios 4:3 “ esforçando-vos diligentemente por preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz;”. De que forma isto pode acontecer?

A resposta a esta pergunta traz-nos à tona a importância da igreja local. A Igreja local é a expressão visível, nesta vida, da realidade eterna da Igreja Universal. Por isso, tal como a Igreja Universal é Una, a igreja local é Una também, porque esta última é uma imagem visível da primeira.

Na igreja local podemos ter comunhão íntima com os nossos irmãos, podemos desfrutar da sua presença e congregar com eles em adoração, podemos admoestar, pastorear e ser pastoreados, servir e ser servidos. Na igreja local temos pastores, líderes e professores que nos guiam à maturidade. Na igreja local há um governo e uma declaração de fé que todos devem afirmar e abraçar. Nada disto é possível com pessoas que não vemos ou que não temos contacto e tudo isto é resultado de uma unidade assente na Escritura Sagrada e no Espírito Santo.

No entanto, notem um pormenor no texto de Efésios. Paulo exorta os crentes a se esforçarem para preservar a Unidade. Ou seja, para a igreja local, a unidade não vem com naturalidade, é preciso trabalharmos para isso. Sendo assim, a membresia de uma igreja local é uma forma de promovermos a unidade na igreja local. A liderança numa igreja local é uma forma de preservarmos a unidade na igreja local. A fidelidade às atividades e à comunidade é uma forma de trabalharmos para a unidade na igreja local. Todas estas coisas são incentivos e instrumentos que fomentam esta Unidade.

Sabemos que a Unidade na igreja vem da própria Trindade, e por isso descansamos na Graça de Deus. Mas por outro lado, temos um sem número de textos em que somos exortados ao compromisso sério e formal, com um determinado grupo de cristãos, que se reúnem num determinado lugar e que são a igreja de Jesus Cristo nesse mesmo lugar.

Oremos para que as igrejas locais desfrutem desta unidade. Oremos para que nós próprios amemos mais a nossa igreja a fim de preservarmos a unidade que temos no Espírito Santo.

terça-feira, dezembro 02, 2025

Deus pergunta...

"Depois disto, o Senhor, do meio de um redemoinho, respondeu a Jó: Quem é este que escurece os meus desígnios com palavras sem conhecimento? Cinge, pois, os lombos como homem, pois eu te perguntarei, e tu me farás saber. Onde estavas tu, quando eu lançava os fundamentos da terra? Dize-mo, se tens entendimento. Quem lhe pôs as medidas, se é que o sabes? Ou quem estendeu sobre ela o cordel? Sobre que estão fundadas as suas bases ou quem lhe assentou a pedra angular, quando as estrelas da alva, juntas, alegremente cantavam, e rejubilavam todos os filhos de Deus? Ou quem encerrou o mar com portas, quando irrompeu da madre; quando eu lhe pus as nuvens por vestidura e a escuridão por fraldas? Quando eu lhe tracei limites, e lhe pus ferrolhos e portas, e disse: até aqui virás e não mais adiante, e aqui se quebrará o orgulho das tuas ondas? Acaso, desde que começaram os teus dias, deste ordem à madrugada ou fizeste a alva saber o seu lugar, para que se apegasse às orlas da terra, e desta fossem os perversos sacudidos? A terra se modela como o barro debaixo do selo, e tudo se apresenta como vestidos; dos perversos se desvia a sua luz, e o braço levantado para ferir se quebranta. Acaso, entraste nos mananciais do mar ou percorreste o mais profundo do abismo?Porventura, te foram reveladas as portas da morte ou viste essas portas da região tenebrosa? Tens ideia nítida da largura da terra? Dize-mo, se o sabes. Onde está o caminho para a morada da luz? E, quanto às trevas, onde é o seu lugar, para que as conduzas aos seus limites e discirnas as veredas para a sua casa? Tu o sabes, porque nesse tempo eras nascido e porque é grande o número dos teus dias! Acaso, entraste nos depósitos da neve e viste os tesouros da saraiva, que eu retenho até ao tempo da angústia, até ao dia da peleja e da guerra? Onde está o caminho para onde se difunde a luz e se espalha o vento oriental sobre a terra? Quem abriu regos para o aguaceiro ou caminho para os relâmpagos dos trovões; para que se faça chover sobre a terra, onde não há ninguém, e no ermo, em que não há gente; para dessedentar a terra deserta e assolada e para fazer crescer os renovos da erva? Acaso, a chuva tem pai? Ou quem gera as gotas do orvalho? De que ventre procede o gelo? E quem dá à luz a geada do céu? As águas ficam duras como a pedra, e a superfície das profundezas se torna compacta. Ou poderás tu atar as cadeias do Sete-estrelo ou soltar os laços do Órion? Ou fazer aparecer os signos do Zodíaco ou guiar a Ursa com seus filhos? Sabes tu as ordenanças dos céus, podes estabelecer a sua influência sobre a terra? Podes levantar a tua voz até às nuvens, para que a abundância das águas te cubra? Ou ordenarás aos relâmpagos que saiam e te digam: Eis-nos aqui? Quem pôs sabedoria nas camadas de nuvens? Ou quem deu entendimento ao meteoro? Quem pode  com sabedoria as nuvens? Ou os odres dos cnumeraréus, quem os pode despejar, para que o pó se transforme em massa sólida, e os torrões se apeguem uns aos outros? Caçarás, porventura, a presa para a leoa? Ou saciarás a fome dos leõezinhos, quando se agacham nos covis e estão à espreita nas covas? Quem prepara aos corvos o seu alimento, quando os seus pintainhos gritam a Deus e andam vagueando, por não terem que comer?

Sabes tu o tempo em que as cabras monteses têm os filhos ou cuidaste das corças quando dão suas crias? Podes contar os meses que cumprem? Ou sabes o tempo do seu parto? Elas encurvam-se, para terem seus filhos, e lançam de si as suas dores. Seus filhos se tornam robustos, crescem no campo aberto, saem e nunca mais tornam para elas. Quem despediu livre o jumento selvagem, e quem soltou as prisões ao asno veloz, ao qual dei o ermo por casa e a terra salgada por moradas? Ri-se do tumulto da cidade, não ouve os muitos gritos do arrieiro. Os montes são o lugar do seu pasto, e anda à procura de tudo o que está verde. Acaso, quer o boi selvagem servir-te? Ou passará ele a noite junto da tua manjedoura? Porventura, podes prendê-lo ao sulco com cordas? Ou gradará ele os vales após ti? Confiarás nele, por ser grande a sua força, ou deixarás a seu cuidado o teu trabalho? Fiarás dele que te traga para a casa o que semeaste e o recolha na tua eira? O avestruz bate alegre as asas; acaso, porém, tem asas e penas de bondade? Ele deixa os seus ovos na terra, e os aquenta no pó, e se esquece de que algum pé os pode esmagar ou de que podem pisá-los os animais do campo. Trata com dureza os seus filhos, como se não fossem seus; embora seja em vão o seu trabalho, ele está tranquilo, porque Deus lhe negou sabedoria e não lhe deu entendimento; mas, quando de um salto se levanta para correr, ri-se do cavalo e do cavaleiro. Ou dás tu força ao cavalo ou revestirás o seu pescoço de crinas? Acaso, o fazes pular como ao gafanhoto? Terrível é o fogoso respirar das suas ventas. Escarva no vale, folga na sua força e sai ao encontro dos armados. Ri-se do temor e não se espanta; e não torna atrás por causa da espada. Sobre ele chocalha a aljava, flameja a lança e o dardo. De fúria e ira devora o caminho e não se contém ao som da trombeta. Em cada sonido da trombeta, ele diz: Avante! Cheira de longe a batalha, o trovão dos príncipes e o alarido. Ou é pela tua inteligência que voa o falcão, estendendo as asas para o Sul? Ou é pelo teu mandado que se remonta a águia e faz alto o seu ninho? Habita no penhasco onde faz a sua morada, sobre o cimo do penhasco, em lugar seguro.Seus filhos chupam sangue; onde há mortos, ela aí está."

Jó 38-39


Humildade

Deus humilha-me. Isto é bom, eu preciso de ser humilhado por Deus. Não acontece com a frequência que eu sinto que deveria ser. Eu acho que precisaria de muitos mais momentos destes. Preciso ser constantemente lembrado que não sou bom, falho constantemente o alvo, preciso crescer, não devo depender de mim, que estou sempre aquém. Mas, por outro lado, esta humilhação é Deus quem a faz, por isso, Ele sabe melhor do que eu como fazer a quando fazer.

Eu sei que neste assunto a graça de Deus é o nosso socorro. Mas hoje não quero falar da graça. Hoje é dia para falar da minha pequenez.

 

São várias as formas como sou humilhado e quase nunca estou à espera que isso aconteça. Por vezes o Senhor deixa-me vislumbrar e guia-me a meditar em algum atributo Seu, ou então, algum texto bíblico revela-me coisas que nunca tinha visto antes. Muitas vezes, Deus usa exemplos de pessoas que O servem. Pessoas muito melhores do que eu, pessoas que mesmo assim, também se acham incapazes ou insuficientes. Então eu penso… “E eu, como é que me deveria sentir, então?”

Olho para a excelência destes servos, a sua fidelidade, os seus pequenos passos dados durante décadas, que agora se tornam passos de gigante.

Nestas alturas sinto sou colocado no exato lugar onde deveria estar sempre. Num lugar humilde.

 

Quero adorar mais a Deus, percebo com maior clareza a minha dependência dEle, vejo melhor a Sua graça no meio da minha inadequação, fico mais consciente da minha necessidade de crescer.

 

Tenho medo que isto passe. Que logo, logo, eu volte a sentir que sou “mais ou menos bom (mais para o mais do que para o menos), que eu volte a descansar nos meus reles esforços e capacidades. Eu precisava de ser humilhado constantemente.

 

Olho para mim e entendo que talvez esteja a chegar a conclusões importantes tarde demais. O que poderei fazer com a minha vida nesta altura?