Deus humilha-me. Isto é bom, eu preciso de ser humilhado por Deus. Não acontece com a frequência que eu sinto que deveria ser. Eu acho que precisaria de muitos mais momentos destes. Preciso ser constantemente lembrado que não sou bom, falho constantemente o alvo, preciso crescer, não devo depender de mim, que estou sempre aquém. Mas, por outro lado, esta humilhação é Deus quem a faz, por isso, Ele sabe melhor do que eu como fazer a quando fazer.
Eu sei que neste assunto a graça
de Deus é o nosso socorro. Mas hoje não quero falar da graça. Hoje é dia para
falar da minha pequenez.
São várias as formas como sou
humilhado e quase nunca estou à espera que isso aconteça. Por vezes o Senhor deixa-me
vislumbrar e guia-me a meditar em algum atributo Seu, ou então, algum texto
bíblico revela-me coisas que nunca tinha visto antes. Muitas vezes, Deus usa
exemplos de pessoas que O servem. Pessoas muito melhores do que eu, pessoas que
mesmo assim, também se acham incapazes ou insuficientes. Então eu penso… “E eu,
como é que me deveria sentir, então?”
Olho para a excelência destes
servos, a sua fidelidade, os seus pequenos passos dados durante décadas, que
agora se tornam passos de gigante.
Nestas alturas sinto sou colocado
no exato lugar onde deveria estar sempre. Num lugar humilde.
Quero adorar mais a Deus, percebo
com maior clareza a minha dependência dEle, vejo melhor a Sua graça no meio da
minha inadequação, fico mais consciente da minha necessidade de crescer.
Tenho medo que isto passe. Que
logo, logo, eu volte a sentir que sou “mais ou menos bom (mais para o mais do
que para o menos), que eu volte a descansar nos meus reles esforços e
capacidades. Eu precisava de ser humilhado constantemente.
Olho para mim e entendo que talvez
esteja a chegar a conclusões importantes tarde demais. O que poderei fazer com
a minha vida nesta altura?