sexta-feira, novembro 25, 2005

Porque será que não come?

"Quanto aos sacrifícios dos meus dons, sacrificam carne e a comem, mas o Senhor não a aceitou..."
Oséias 8: 13a

À mesa estamos nós e o Senhor. A refeição chama-se adoração, mas não o é! A nossa preocupação é se nós comemos ou não.
Sim, de facto comemos, mas o convidado especial nem lhe toca. Nem lhe perguntamos porque é que não come, o nosso interesse está muito mais na nossa barriga...

quinta-feira, novembro 24, 2005

O tempo

"... um dia para o Senhor é como mil anos, e mil anos, como um dia."
II Pedro 3:8b

O Senhor tem a história na Sua mão, por isso tem a capacidade de vê-la com o imediatismo e a prontidão de um dia. Ele vê o nosso futuro e o nosso passado ao mesmo tempo, e até já nos vê na glória, com Ele.
Mas um dia, o hoje, o presente, Ele trata como mil anos, dando-lhe todo o tempo disponível. Creio que para Ele, por amor a nós, o nosso presente é como que uma paragem no tempo.
A eternidade desce à nossa condição temporal e relaciona-se connosco. Passa a haver tempo para um dia, muito tempo, como que mil anos para esse dia.

quarta-feira, novembro 23, 2005

Eva, porque foste ouvir a serpente?

A queda limita-nos a expressão. Mais a uns do que outros. A mim sobretudo...
Recebi uma reação de uma amiga indignada com o que escrevi há dias atrás.

A pessoa que faltava "debandar" era Jonas como sabe quem conhece a história. Jonas não é uma tipologia para nenhuma pessoa actual.
Sinto-me mais leve, porque tenho menos bagagem, virtude de me ter desfeito de papéis inúteis, recibos e facturas antigas, roupa interior velha e algumas (bastantes) camisolas rotas. De facto, é menor o peso no meu guarda-fato.

terça-feira, novembro 22, 2005

Correspondência

No entroncamento em que sita a rua de uma Igreja Baptista, uma menina, acompanhada pela mãe, tenta trepar a um dos postes que sustentam uma indicação da localização dessa mesma igreja.

- Esta minha filha devia era ir para a 1ª Companhia... - Diz a mãe.

Foi a correspondência mais rebuscada que consegui...

segunda-feira, novembro 21, 2005

É verdade...

Tenho escrito apenas um post por dia (gestão de poucos recursos), sempre tarde e a más horas...

Bagagem

Por vias de uma viagem que se aproxima, a definitiva, estive a aliviar a minha futura carga.
O critério de selecção é sempre complicado...
Foi bem mais simples no tempo de Jonas.
"Atira-se tudo para o mar menos as pessoas". Mesmo assim, o mais importante, uma pessoa, ainda faltava debandar.

Já me sinto mais leve.

quinta-feira, novembro 17, 2005

Fachada

Na estação de comboio perto da minha casa, há uma tabacaria que todas as manhãs expõe as manchetes de alguns jornais. Invariavelmente, todos os dias, magotes de pessoas param ali para ler os títulos. Um dia, vislumbrei o interior e estava vazio, sem clientes.

Tal como em relação ao Evangelho, o interesse na fachada pode ser enganoso.

quarta-feira, novembro 16, 2005

Percebi num sermão...

O caminho nem sempre é claro, por vezes é apenas um carreiro fininho e nem o consigo vislumbrar na totalidade. Este caminho vai aparecendo aos poucos.
Uma coisa sei, deste caminho, nunca devo sair. Hão de vir ventos e tempestades, se assim for, posso-me agachar e agarrar-me ao chão, mas tenho que permanecer. Se me tentarem empurrar, tenho que me desviar.
Já me desviei, por vezes, do caminho mas, desta vez sei que tenho que permanecer. Tenho que "ir direitinho para casa..."

terça-feira, novembro 15, 2005

Reino de Deus

O "evangelho" pode ser um negócio muito rentável.
A Bíblia serve de pretexto para qualquer guerra.

A possessão do que pensamos ser o Reino de Deus torna-se o nosso reino (problema da mesma espécie dos anteriores), e que pequeno e mesquinho reino é esse...
Jovens, isso não vos ajuda nada.

segunda-feira, novembro 14, 2005

Descendo ao meu nível...

O arquitecto não sabe ensinar o servente da obra a fazer cimento.

O Senhor, mesmo sendo o dono e arquitecto e Sua obra, consegue, não poucas vezes, descer à minha condição, e assim, ensina-me frequentemente a fazer o tal cimento ou mesmo a pôr os tijolos na parede.

sexta-feira, novembro 11, 2005

Paragem curta

Já está. Consegui acertar a configuração do teclado e já consigo escrever.
Se conseguisse acertar a minha escrita também era muito bom...

Dizem os entendidos que, a escrita é composta por dez por cento de inspiração e noventa por cento de transpiração.
Tenho a impressão de que já "queimei" o meu dízimo de pseudo-inspiração e, transpirar, só a jogar mau futebol.
Como dizia um professor meu de exegese do Novo Testamento, ansioso por ouvir a nossa tradução de determinado texto, digo eu... "Vamos lá a ver o que é que sai daí..."

sexta-feira, novembro 04, 2005

Inferno de C.S.Lewis

A tendência para tudo é o caos.
A organização, por outro lado, exige esforço, e a evolução a graça de Deus.

Na eternidade, longe da graça Divina, a deteriorização da organização para o caos cresce exponencialmente.

O Inferno, segundo o escritor, é a eternidade lidando com o nosso caos crescente, sem a possibilidade de organização. O defeito toma conta do ser... mas o ser não morre.

Palavra Mágica

Havia já algum tempo que não me abordavam...
Lá apareceu a jovem de pasta em punho, "Posso tomar um pouco do seu tempo?", e eu sem paciência nenhuma. Creio que até que lhe mostrei uma feição de poucos amigos, depois disse que não tinha disposição, mas ela insistia, osso duro de roer seria este.

Lembrei-me, a palavra mágica...

"Sou estudante" disse eu, ela desviou logo de mim o seu caminho,

quinta-feira, novembro 03, 2005

Agricultura ensina...

A terra pode dar mais do que esperamos.

Numa terra pedregosa, com um clima inseguro, são poucas as expectativas que guardamos para as novidades a serem colhidas.
Nesta sujeição plantaram-se os tomateiros. É certo que foi tudo feito um pouco tarde demais, mas a esperança nunca morre.

A terra respondeu afirmativamente ao seu chamado.

Nesse Verão fui a casa. O que não faltavam eram tomates. Ele era sopa de tomate, doce de tomate, omoletes com tomate, salada com tomate extra, et cetera.
Quando fazemos a nossa parte, por vezes, temos surpresas destas.

O bom cigano

O António sai do hospital. Todas as contas pagas e, num saco, todos os remédios que tinha que tomar para ficar melhor dos hematomas.
- Mas quem foi que me ajudou? Acho que estava inconsciente... - Pergunta ele ao enfermeiro.
- Ele pediu para não dizer, mas pode encontrá-lo na feira aos sábados. Ele vai reconhecê-lo.

quarta-feira, novembro 02, 2005

Agricultura ensina...

A terra pode não produzir.

Favas, era altura de plantá-las...
A cultura da fava é boa porque dá pouco trabalho. sacha-se no início quando a planta ainda está pequena, mas depois quando cresce, a folhagem impede que ervas cresçam. É só colher, depois da fase inicial e de esperar pelo crescimento certo.

Nos açores, mais uma vez, o Inverno é muito ventoso. Não poucas vezes, as favas que tão ansiosamente esperamos colher, para depois cozinhar pratos como, favas escoadas, favas guisadas, sopa de couve com favas, ou seja, comida de campo muito boa...

Esperamos colher as favas mais tarde, mas o vento com o seu ímpeto, parte os caules da planta e queima-a.
A planta morre e a terra não dá o que esperamos.

Miragem

Gozei parte do feriado de ontem, no império do consumismo mobiliário, a saber: IKEA.
A certa altura, a natureza chamou-me para mictar...

O desespero de ver dezenas de casas-de-banho sem poder usá-las.

"Parece que é, mas não é..."

terça-feira, novembro 01, 2005

Agricultura ensina...

A terra pode ser dura.

Nos açores a terra tem muita pedra. Custa a cavar. No quintal lá de casa, a minha mãe já conseguiu fazer três monturos de delas...
A terra fica mais fácil de trabalhar assim e, graças a este esforço, já comi milho doce. Tirado de uma terra pedregosa, que se tornou macia.

O primeiro passo

"...porque há-de acontecer que, quando as plantas dos pés dos sacerdotes que levam a arca do Senhor, o Senhor de toda a terra, pousem nas águas do Jordão, serão elas cortadas, a saber, as que vêm de cima, e se amontoarão."
Josué 3:13

Deus espera que eu avance para o campo de batalha sozinho, mesmo avistando os exércitos inimigos, e que aguente o primeiro murro...
Então ver-me-hei rodeado dos exércitos celestiais e sou salvo na batalha.