quarta-feira, junho 19, 2019

Deus não falha


Acabei de ler um livro que trata, do que muitos chamam de “A polémica doutrina da expiação definida”. Não vejo nada polémico nela, e vejo tudo de Bíblico nela.

Mais do que tratar de uma expiação definida para os eleitos, o que cremos é que Jesus salvou todos aqueles por quem morreu. Esta é uma certeza Bíblica que glorifica o poder e soberania de Deus.

Mas pensemos que não teria sido assim. Jesus teria morrido por pessoas que mesmo expiadas iriam para o inferno. Só escrever esta frase, faz-me perceber o quão errado é isto.

Será que Deus teria no Seu plano eleger algumas pessoas (Como de facto tem), mas a obra de Cristo não se submeteria a esse mesmo plano, sendo universalista? Se o Pai não é universalista, então, porque razão seria o Filho?

Volto à primeira questão, porque creio que é pertinente. Se Jesus morreu por todos, então todos estão expiados do seu pecado, e se é assim, ao serem condenados no inferno, não estarão a pagar pelo seu pecado duas vezes? Uma vez que já foi pago?

Por outro lado, se cremos na soberania de Deus, se cremos que tudo o que Ele deseja acontece, se cremos que Jesus cumpriu cabalmente o plano do Pai, e se cremos que Jesus morreu, expiando o pecado de todas as pessoas sem exceção, teremos que continuar honestamente e afirmar uma salvação universalista. Coisa que nem a Bíblia nem a experiência nos comprova como sendo verdade.

Quando penso na expiação, penso na eficácia da morte de Cristo. Lembro-me de Paulo em Romanos 8:29-30. Será que há, sequer alguma margem, para pensarmos que alguém que Deus tenha predestinado, não tenha salvo também? Claro que não. A razão para isto é que Deus está ativamente envolvido em todo o processo de salvação do Seu povo.

Não somos nós que escolhemos a Deus, mas Ele a nós. Esta certeza dá-nos a maravilhosa segurança de que quem tem que ser salvo, será salvo. Mérito nenhum a nós, toda a glória ao Senhor.

Damos glória a Deus porque Ele nos salvou de uma forma tão eficaz, completa e maravilhosa nos salvou. Não há mérito nenhum, nem razão nenhuma aparente para que isso tivesse acontecido connosco, mas aconteceu. E assim acontecerá que todos os que ele predestinou na eternidade, sem excepção.

Damos glória a Deus porque sabemos que o esforço missionário será sempre bem-sucedido. O sucesso de missões não está no nosso trabalho, mas é garantido pela eficácia da cruz e pelo poder do Espírito Santo. Assim o povo de Deus avançará sempre confiante para a evangelização, sabendo é que é “Deus quem opera em vós tanto o querer quanto o realizar.”

O livro que acabei de ler é “Do céu Cristo veio busca-la”, ed. David Gibson & Jonathan Gibson

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