Haviam dois povos rivais. Era uma guerra que já tinha séculos. Não se falavam, mas havia um certo burburinho de uma batalha final.
Niguém entrava nem saia até que tudo estivesse pronto, até que todos estivessem preparados.
Soou a trombeta e a declaração de guerra veio por um dos rivais, o mais antigo deles.
Diziam que antes eram um só povo, mas algures na história uns sepraram-se dos outros, formando assim, dois povos rivais.
No dia da batalha final todos tinham a certeza da vitória, só um ficaria de pé, mas todos sabiam que ganhariam.
Batalha violenta, sangrenta, corporal (nada de "botõezinhos" com mísseis ou aparelhos telecomendados), cada um tocava no seu inimigo e olhavam-se nos olhos directamente. Durou dias seguidos até ficarem poucos, desses poucos restaram dois, que pela fadiga não se conseguiram matar um ao outro. Sentaram-se, de espada em punho,sujos de sangue e ali ficaram por algum tempo.
Quando a fadiga passou um pouco não se levantaram, quiseram continuar sentados.
De repente, o que em séculos nunca tinha acontecido aconteceu. Um ganhou coragem e dirigiu a palavra ao outro:
-Porque é que vocês estão a lutar?
-Porque somos Cristãos e é a nossa responsabilidade defender a fé dos que a vituperam.
-Nós também
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