“… para que, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus se torne conhecida, agora, dos principados e potestades nos lugares celestiais, segundo o eterno propósito que estabeleceu em Cristo Jesus, nosso Senhor, pelo qual temos ousadia e acesso com confiança, mediante a fé nele. Portanto, vos peço que não desfaleçais nas minhas tribulações por vós, pois nisso está a vossa glória.”
Efésios 3:10-13
Perceber a identidade da Igreja é perceber algo maravilhoso,
glorioso, e que Exalta o Senhor Jesus Cristo, que é a Cabeça da Igreja, “Ele é
antes de todas as coisas. Nele, tudo subsiste. Ele é a cabeça do corpo, da
igreja. Ele é o princípio, o primogênito de entre os mortos, para em todas as
coisas ter a primazia,” (Colossenses 1:17-18).
Por isso, quando relativizamos a Igreja, relativizamos Jesus
Cristo. Quando não fazemos da Igreja uma prioridade, fazemos isso ao Senhor
Jesus Cristo. Quando não congregamos ou fazemos do nosso compromisso com a Igreja
local algo opcional, é a Jesus que menosprezamos, porque Ele é a Cabeça do
Corpo e o Corpo é a Igreja.
Mas a glória que Deus tem planeada para a Sua Igreja é ainda mais
alta. A igreja não é apenas uma entidade terrena, muito menos deve ser
comparada a alguma associação ou coletividade que serve as necessidades dos
seus membros. A Igreja é eterna, nunca morrerá, desfrutará de uma comunhão
perfeita, que mais nada na criação, terá com Deus e é, segundo o Efésios, a
forma principal pela qual Deus quer demonstrar a Sua glória a todo o mundo,
material e espiritual.
Isto quer dizer que tanto no contexto da Igreja local, por vezes
imperfeita, pequena e sofredora, quanto na esperada e gloriosa Igreja
universal, a Glória de Deus é o propósito maior. Deus vai revelar a Sua glória,
ou então, como nos diz o texto, a “Sua multiforme sabedoria”, até aos anjos,
através da Sua Igreja.
Na minha mente faria todo o sentido que fosse exatamente o
contrário, que fossem os anjos a ter esse privilégio, mas não, é a Igreja que
tem este privilégio tremendo.
Por isso, todo o amor, compromisso, lutas partilhadas,
admoestações, conforto e confronto, que vivemos na igreja aqui, revelam a
“multiforme sabedoria de Deus” às potestades. Mas mais ainda, na glória, quando
a realidade for a da Igreja universal toda visível, Deus será ainda melhor
conhecido por toda a criação, por intermédio da demonstração do que é a Igreja
a toda a criatura que existe.
Com tudo isto, entendemos a razão pela qual o texto Bíblico
anima-nos a não desfalecer nas tribulações. Devemos viver a igreja local com um
foco no que é eterno. Devemos viver a igreja local como uma imagem da igreja
Universal.
No ano 325 d. C. os líderes Igreja reuniram no concílio de Niceia
para defender e definir a Sua identidade.
Deste concílio surgiram quatro conceitos importantes que definem a
Igreja de Jesus Cristo. Evidentemente que, daqui surgiu a Igreja Católica
Romana, que acabou por se corromper. No entanto, estes conceitos são muito
importantes para percebermos o que é a igreja, principalmente a Igreja
universal.
Saiu deste concílio que a Igreja é, Una, Santa, Católica e
Apostólica. Todos estes termos são aplicáveis tanto à igreja local quanto à
igreja Universal.
Veremos, o que significam um a um e quais as suas implicações para
a nossa vida.
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