À primeira vista, um mosteiro é composto por homens santos, diferentes e que vivem nunca condição mais elevada do que a meramente humana. A comunidade lá parece ser inexpugnável, inatingível, em que tudo é perfeito. Chegamos lá e pensamos que encontrámos o ambiente ideal.
Algum tempo depois, começamos a reparar que também lá existem rituais impensados e desentendimentos facciosos.
A condição humana não permite por si só criar uma sociedade perfeita. Envolvermo-nos em sociedade é uma necessidade, mas também, e sobretudo, é uma sentença para lidar com problemas.
Ainda bem que nada disto acontece nas nossas igrejas…
3 comentários:
Então e os nórdicos? Há monte de perfeição na Escandinávia... não que eu goste dela, mas que a há, lá isso há. Sociedade perfeita, estado perfeito, pessoas perfeitas. Aos olhos de um ateu, claro!
O que eu acho é que podemos criar sociedades perfeitas, já lidar com isso por muito tempo é que me parece mais complicado.
Esqueces-te que são nessas sociedades "perfeitas" em que o suicídio toma os seus valores mais altos!
Afinal não são perfeitas!
Também já usei esse argumento. Mas ao que parece, isso dos suicídios temmuito a haver a haver com a falta de luminosidade. Por lá, contra o suicídio, faz uma terapia à base de luz.
Eu acho que a sociedade deles é perfeita, o problema é a capacidade de lidar com a perfeição.
Mas há que concordar que quando se conversa sobre as consequências da falta do cristianismo no homem, tomando por exemplo o povo português, conversa-se de forma pouco ambiciosa.
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