O pregador faz uso da retórica na sua explanação e a argumentação é bem aceite pelos ouvintes. São gritados os costumeiros “améns” e “aleluias” efusivos, de concordância e de desejo de envolvimento.
O orador sente-se empolgado e continua o seu discurso, leva ao rubro a sua plateia.
Crê ele que foi muito bem sucedido, mas um dia depois, já nem se lembram do que ouviram.
6 comentários:
Nem sempre...
Nem sempre, mas quase sempre, pelo menos pela maioria das pessoas. O modelo tradicional de ensino, a pregação, não tem mostrado resultados duradouros na maioria dos casos. Não tem cumprido o objectivo a que se tem proposto.
Jesus pregava, mas também ensinava em relacionamentos mais chegados, Relacionamentos de discipulado. Também contava histórias (narrativas). Nós usamos apenas um método, que Jesus nunca usou para os discípulos, e esperamos que sirva para tudo. Sim, porque desafio-vos a encontrar um exemplo de Jesus ou dos apóstolos a pregar para a igreja, parece-me que em todos os casos pregavam para os descrentes.
Nuno será mesmo isso? Tem que se compreender qual o ministério que Jesus veio fazer. Paulo, Pedro, etc. pregavam muitas vezes para a Igreja.
Joincanto, é verdade, nem sempre, porque para toda a regra existe uma excepção. Para além de quem não se lembra, não reconhece que não se lembra, porque continua todos os domingos a fazer o mesmo.
Creio que isto reflecte, mais do que uma método de exposição ou um público, reflecte um desprendimento e descompromisso com a vida CRistã diária.
A vida "Cristã domingueira" é que concentra toda a sua força para o "culto de domingo de manhã. Creio que deveria ser exactamente o contrário. A pregação Bíblica serve para instruir à igreja o que Deus quer que saibamos, logo, de grande importância é a obediência à palavra.
Creio que muitas vezes (é verdade que nem sempre), as pessoas não se lembram do tema da pregação. Isso não é o resultado de “um método tradicional ultrapassado”, mas sim, como diz o Ismael, “reflecte a falta de compromisso com a vida cristã diária”. Creio que a pregação não está ultrapassada como também o ensino bíblico. Cada coisa tem o seu lugar e o seu propósito. Ambas são necessárias para a Igreja.
Acredito mais na versão memorizada do que na versão sentimental dos Domingos.
Enviar um comentário