A fé pode ser entendida como “aquilo que accionamos em situações onde se requer uma acção divina sobrenatural; é aquilo a que recorremos quando se esgotam nossos recursos.”
Cada vez mais, cremos ser, seres mais satisfeitos, mais concretizadores, menos dependentes.
Suponhamos que não teríamos necessidades, que a tecnologia suprisse todas as nossas faltas, que todas as doenças tivessem cura, será que teríamos fé à luz desta definição?
Muito facilmente podemos enganar as nossas mentes dizendo que não nos falta nada.
Ricardo Barbosa de Souza, fala desta temática.
Em Hebreus lemos que sem fé é impossível agradar a Deus, não, que é impossível fazer milagres.
Somos levados a crer que mais do que conseguir algum benefício com a fé, ela leva-nos a sermos agradáveis a Deus.
Nenhuma tecnologia conceder-nos-ia tal conquista.
6 comentários:
Mais do que um fim em si mesma ou um meio para obter algo, penso que a fé é a substância espiritual da nossa intimidade, confiança e dependência de Deus.
A tecnologia inventou a arca frigorífica... hoje em dia não pedimos o pão nosso de cada dia!
É bom combater a perspectiva que tende a ver a fé como algo residual. Claro que não é, pois a fé é a afirmação da nossa confiaça e esperança em Deus que nos reconciliou com Ele, alias é o elemento vital para uma relação pessoal com o nosso Senhor, como foi já referido.
Evaristo
Penso que existem dois tipos de fé. Uma é a fé verdadeira, que surge como uma certeza quase instintiva ou intuitiva que temos sobre algo, e que não sabemos explicar racionalmente o porquê, apenas existe e é mais forte que a razao.
A outra é a que eu chamo de fé irresponsável, que é o tipo de "fé" que abunda nas igrejas, onde as pessoas se demitem da sua responsabilidade pelas suas vidas e dos que dependem de si e seguem certos dogmas e principios que ninguém sabe explicar exatamente porque existem. É uma ESCOLHA em ultima analise irresponsável. Não uma fé. Irresponsável porque a crença nestes dogmas e principios em específico influenciam as coisas mais importantes da nossa vida, todas as nossas escolhas. etc. Na minha opinião isto implica um desrespeito pela nossa alma e verdade interior, implica demitirmo-nos da nossa responsabilidade em chegar á Verdade por nós mesmos, através do conhecimento do Deus que vive dentro de nós.
Violet, já conversámos muito estas questões...
mas Creiov que existem facetas de Deus que nunca as copreenderemos e que teremos que crer pela fé!
Hebreus fala na fé como forma de nos pornar agradáveis a Deus, porque as nossas acções não o fazem, e também porque a fé leva-nos a confiar.
Errado é pormos a nossa fé em outros que não Deus.
Obrigado pelo teu comentário!
Violet, achei o teu comentário interessante. Realmente há, nas igrejas, pessoas que se limitam a uma fé passiva e acrítica que fica como que estagnada e que se torna irresponsável. Mas creio que as igrejas não são (felizmente) homogéneas a esse respeito. Esse é um estádio muito primário da fé. Deus deu-nos recursos cognitivos para usarmos, ou seja, para sermos seres reflexivos, críticos e que integrem permanentemente a fé nas suas vivências e isso sim implica esforço, disciplina e muita responsabilidade. Ao mesmo tempo é libertador!
Acho ainda que é muito importante lembrarmos que todo este processo é sustentado por um relacionamento pessoal de amor e não apenas uma constante assimilação de ideias que vêem de fora!
James Fowler fala sobre os vários estádios de desenvolvimento da fé. É uma análise interessante....vale a pena dar uma olhadela.**
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