"Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento...Amarás o teu próximo como a ti mesmo." Jesus Cristo
quinta-feira, abril 11, 2013
A autoridade
quinta-feira, abril 04, 2013
O contexto
"Quero, do mesmo modo, que as mulheres se ataviem com traje decoroso, com modéstia e sobriedade, não com tranças, ou com ouro, ou pérolas, ou vestidos custosos, mas (como convém a mulheres que fazem profissão de servir a Deus) com boas obras. A mulher aprenda em silêncio com toda a submissão. Pois não permito que a mulher ensine, nem tenha domínio sobre o homem, mas que esteja em silêncio. Porque primeiro foi formado Adão, depois Eva. E Adão não foi enganado, mas a mulher, sendo enganada, caiu em transgressão; salvar-se-á, todavia, dando à luz filhos, se permanecer com sobriedade na fé, no amor e na santificação."
I Timóteo 2: 9- 15
A mais comum interpretação a este texto é que ele era destinado a uma circunstância cultural específica. Ou seja, este ensino era destinado aquela igreja naquela altura, porque haviam falsas profetas, então, na igreja a mulher não deveria ensinar. Esta explicação parece-me fraca, apesar de ser confortável, e por vezes até bem defendida. Melhor do que eu, com certeza, defenderei a minha causa.
Primeiro problema
Imaginemos, então que sim, este ensino era cultural e o critério era: se há falsos mestres mulheres, as mulheres não devem ensinar na igreja.Não seria de esperar que os homens também não ensinassem? Sempre houve falsos mestres, falsos profetas masculinos e nem por isso a Palavra, em alguma altura, se refere a que o homem não ensine.
Segundo problema
Continuando a "ir à bola" com a ideia de que é cultural...Estamos a dizer, então, que na nossa cultura não existem falsas profetizas, nem falsas professoras. Estão a falar a sério?
Terceiro problema
Não creio que seja um ensino cultural. O contexto imediato do texto que citámos acima fala da oração de devemos a todas as classes de pessoas. A "reis, e por todos os que exercem autoridade, para que tenhamos uma vida tranqüila e sossegada, em toda a piedade e honestidade." O cristianismo estava "nas mãos" do povo, e facilmente poder-se-ia tornar uma crença elitista, excluindo os poderosos.
Em alguns círculos, ainda hoje, existe uma tendência para marginalizar os mais ricos ou mais poderosos. A fé também é para os poderosos e ricos e autoridades, e por eles também devemos orar.
Não é este, no entanto, o ponto que quero salientar.
O que quero é perguntar: qual foi o critério para dizer que até ao versículo 8 do capítulo 2 não é cultural e do versículo 9 em frente é cultural?
Entramos, assim num caminho muito perigoso quando interpretamos desta forma a Bíblia.
Não nego que a interpretação que proponho também não apresente dificuldades. Apresenta certamente. Mas toda a Bíblia é Bíblia, e toda ela a Palavra de Deus. Sendo pastor de uma igreja, que por diversas razões, ainda não vive plenamente em obediência a estas instruções, sinto temor para que, pelo poder do Espírito Santo, de forma mansa e com toda a igreja na compreensão do perfeito plano de Deus, possamos, dia-a-dia caminhar rumo ao que o Senhor tem designado para a Sua igreja.
Uma coisa é certa, não será por força, nem será por imposição. Deus fará o trabalho.
Finalmente, espero conseguir ir explanando outros aspectos do texto acima apresentado, para, desta forma, também eu contribuir para a discussão deste tema.
sexta-feira, março 29, 2013
O pagamento
Admiro, no entanto, aqueles que conseguem manter um ritmo constante de escrita.
Para uma pessoa como eu, tudo que é trabalho gradual, constante, vagaroso, "maratonoso", é um enorme desafio, mas ao mesmo tempo, um grande sonho a alcançar.
Não tenho conseguido...
Mas nesta época, não vos venho falar dos meus falhanços. Antes, quero tentar expressar o que Deus tem clareado na minha mente acerta da época que vivemos.
Nos meus tempos de jovem imberbe, sempre que pensava na crucificação, ficava num impasse.
Se Deus é o Senhor de tudo, Se Ele não tem que responder a ninguém e se Ele quer salvar a sua criação, porque é que teve que existir a cruz? Ainda maior a dificuldade quando se ensina que foi Ele próprio quem foi à cruz. Pensava nisso com temor... mas, ocasionalmente, parecia-me um "espectáculo" montado para mim (sendo que mim refere-se a Deus). Um acto que, na minha mente, não tinha obrigatoriedade de existir, e Deus fá-lo, porque, ensina-no a Bíblia, o preço do pecado tinha que ser pago. Mas quem exige esse preço é o próprio Deus.
É pouco provável que nestas linhas tenha conseguido exprimir o que, de facto, pairava no meu coração.
Deus começou a explicar-me o sentido da cruz. E eu passei a amá-lO mais.
A cruz foi essencial e imprescindível para a nossa reconciliação com o Senhor porque a nossa ofensa a Deus não foi uma ofensa metafórica. Quando a Bíblia ensina que "todos pecamos", Ela quer dizer que, todos traímos o Senhor, desobedecemos, afastámo-nos dEle e perdemos a comunhão com Ele.
Nada disto é linguagem figurativa, nada disto é "faz de conta". Ou seja há uma dívida real, palpável do homem para com Deus. Temos que levar o nosso pecado mais a sério.
A segunda lição que aprendi é que, Deus quer resolver este assunto.
"Então porque é que Ele não "passa por cima" disto tudo e fica resolvido?"
Pela mesma razão que qualquer coisa que é oferecida a alguém tem um custo. Mesmo que seja um rebuçado. Se eu ofereço um rebuçado a uma criança, o rebuçado não foi de graça... foi de graça para a criança, mas eu tive que pagá-lo.
Se assim é para coisas insignificantes, muito mais terá que ser para o que diz respeito à alma, à eternidade, ao relacionamento com Deus.
Para sermos perdoados por Deus, alguém tem que assumir a gravidade do nosso pecado. Primeiro, porque nós ofendemos, de facto, a Deus. E em segundo lugar porque Deus é justo, e a justiça de Deus tem que ser levada a sério.
Sendo assim, das duas uma, ou não somos perdoados e pagamos o castigo do nosso pecado, ou somos perdoados porque alguém pagou o castigo do nosso pecado. Mas no fim das contas, o castigo tem que ser pago por alguém.
Por isso é que a cruz teve que existir. Só pensa que não há razão para a cruz quem, ou não percebeu ainda a gravidade da ofensa que cometeu contra Jesus, ou então não sabe o que é justiça verdadeira.
O Evangelho entra aqui. Eu amo mais a Deus porque Deus me permitiu perceber o que vou dizer a seguir.
É que para pagar o preço do nosso pecado, que Deus exigia para que pudéssemos voltar a ter comunhão com Ele, foi o próprio Deus quem se ofereceu para resgatar o ofensor.
A cruz foi imprescindível, imerecida, mas também a razão pela qual cada vez mais amo o meu Senhor.
quarta-feira, dezembro 05, 2012
Não há meio termo...
A ideia é que existem três tipos de pessoas: não convertidos, convertidos e participantes de uma vida superior.
Em outras palavras, podemos dizer que, a ideia geral é que, entre os convertidos, se creia que existem convertidos pouco comprometidos e convertidos muito comprometidos com o Senhor.
"A Palavra de Deus apenas fala de duas categorias na humanidade. Fala dos vivos e dos mortos no pecado."
R.C. Ryle
A falácia deste conceito é que somos levados a pensar que podemos ser cristãos sem entregar tudo a Deus. Não podemos!
É certo que nem todos são vocacionados para os mesmos ministérios, nem todos tocarão no mesmo número de pessoas, nem todos serão conhecidos, na história, como servos de Deus, e cada um tem a sua própria caminhada de santificação.
Mas nessa mesma caminhada, com o conhecimento que temos de Deus, temos que dar sempre tudo o que temos ao Senhor. O Espírito Santo que habita no verdadeiro cristão, impele-o a isso mesmo.
Podemos, quando muito, viver temporadas em pecado, longe do Senhor, mas voltaremos.
E durante essa temporada nunca teremos paz. Se temos, ou se nunca voltarmos, então é porque nunca fomos filhos de Deus.
quinta-feira, novembro 29, 2012
Ainda sobre a Graça...
Ainda penso na forma como lidamos com a Graça de Deus.
Se por um lado ela é algo que nos é agradável, porque é uma oferta, porque não é algo que se tenha que conquistar, por outro lado, eu tenho em mim uma sede de conquista e de merecimento à qual a Graça de Deus é incompatível. J.I. Packer sublinha isto muito bem.
Aceitar a Graça é perceber a minha pecaminosidade, a minha miséria, é chegar à conclusão de que estou irremediavelmente condenado, sem luz ao fundo do túnel. Nesta situação, o pecador anseia por algo que o socorra, por uma luz ao fundo do túnel, por uma mão que o tire do lamaçal. Esse algo é a Graça de Deus.
Notem que, se o pecador não perceber a sua miséria, se pensar que até é uma boa pessoa, que está no bom caminho, que busca a Deus (Por vezes pensa que é só questão de tempos para O encontrar), a Graça de Deus não é desejada nem necessitada (ainda que não de forma assumida) porque não é necessária, pensa o sujeito.
Se acho que não me é necessária a Graça de Deus, então não a recebo, não sou agraciado por Deus, que faz com que, também, tampouco serei gracioso com as outras pessoas.
Creio que esta é uma das catástrofes do nosso tempo. Estamos cheios de pessoas religiosas que pensam que são "boas pessoas", mas que não se colocaram nas mãos de Deus para receberem da Sua Graça e Misericórdia. Logo são pessoas que, por não terem sido afectadas por tamanho perdão, também não perdoam, também não são graciosas nem misericordiosas, antes, tendem a ser altamente julgadoras da ética do próximo. Isto não é cristianismo, nem fé, nem igreja. Para sermos Igreja Cristã temos que ter sido pecadores miseráveis, sem remédio, e que, de forma sobrenatural, tenhamos sido atingidos pela imerecida Graça e misericórdia de Deus.
R.C. Ryle, por outro lado, ensina que, vemos desta forma a importância da Graça de Deus. Pela gravidade do nosso pecado. O hábito que temos de minorar a ofensa a Deus, quando pensamos que o tempo vai curar, que Deus não ficou assim tão ofendido, só tem um efeito: Rejeitarmos a Graça de Deus, porque não achamos que estamos assim em tão maus lençóis.
A contrição, o arrependimento, o choro pelo nosso pecado, são, por isso, as melhores coisas que Deus nos pode ter dado, porque são elas que nos levam à Sua maravilhosa Graça.
terça-feira, novembro 27, 2012
Graça
J .I. Packer vem falar do mau relacionamento que temos com a prática da Graça de Deus nas nossas vidas.
Eu julgaria, à primeira vista, que fosse ao contrário. Tudo o que nos aproxima a um relacionamento com Deus seria o favor que Ele nos concede. Receber esse favor é algo agradável...
Mas ele explica e eu passo a concordar.
Se nos atrai algum tipo de favor que Deus (devia escrever em minúsculas, já percebem porquê) tem para connosco, não é a Sua Graça. porque a Graça só é Graça se formos confrontados com o nosso pecado e a nossa miséria. Se não é a graça, então, também o favor que, pensamos, nos está a ser oferecido, não vem de Deus, vem, antes de deus (algum deus criado, idolo, para nosso prazer)
O nosso quase nulo relacionamento com a Graça de Deus é entendido porque pensamos de forma alta demais em relação a nós. São quatro as áreas que J. I. Packer sublinha:
1- "A maldade moral do homem."
Nós não somos bonzinhos. A realidade é que não prestamos para nada. somos maus.
2- "A justiça retribuidora de Deus."
Deus é justo e não "deixa passar" o pecado. Ele castiga, e repreende justamente quem peca. Logo, todos somos dignos de grave penalidade, o inferno.
3- "A impotência espiritual do homem."
O homem não pode fazer nada para alterar esta situação.
4- "A liberdade soberana de Deus."
Deus não tem obrigação nenhuma em fazer o que quer que seja por nós.
Perceber a Graça de Deus passa por perceber isto intimamente e depois entender que mesmo assim, miseráveis impotentes e perdidos, Deus decidiu salvar-nos.
"A Graça de Deus é o amor livremente demonstrado para com pecadores culpados, contrariamente ao seu mérito e, de facto, num verdadeiro desafio à sua falta de mérito."
sábado, novembro 24, 2012
Pôs-me a pensar...
Motivo egoísta, portanto.
Mas também posso dizer que é para partilhar o que leio, abençoar outros e outras coisas assim. Creio que isso virá depois.
Citei num outro lugar J.I Packer quando diz: "Deus era feliz sem o homem, antes de o ter criado; teria continuado a ser feliz, se simplesmente destruísse o homem logo que este pecou; mas a verdade é que Ele dedicou o Seu amor a pecadores em partilular...".
Mas a citação não está completa, não sei se repararam nas reticências.
Ele continua: "...e isto significa que por Sua própria e livre escolha, não conhecerá felicidade perfeita a absoluta, de novo, até que o tenha levado a todos o céu." "Deste modo Deus salva não só para Sua glória mas para Sua alegria." Lucas 15:10
Penso nestas afirmações porque parecem ser daquelas que, humanamente fazem sentido, mas não se coadunam com a natureza de Deus.
A primeira questão que me surge, não sendo ela parte do cerne do que estou a pensar é, quando ele fala em Deus levar todos ao céu, fala de quê? Quem são todos?
A Bíblia é clara em dizer que nem todos se salvam. Deus predestinou os que se hão de salvar, elegeu-os antes da fundação do mundo.
Não podemos, por outro lado, advogar que Deus nunca terá alegria completa enquanto todos os pecadores não se salvarem, isso queria dizer que Deus seria incompletamente feliz por toda a eternidade. Creio sim, que Deus vai salvar todo aquele que predestinou e com a salvação de cada pecador há grande alegria.
Creio que Deus não tem falta em aspecto nenhum de alegria. não há nada que esteja em falta na pessoa da Deus. Ele não precisa de complemento exterior, absolutamente nenhum para ter alegria perfeita. Por outro lado, Deus não é impassível nem indiferente à salvação do pecadores. Isso é o que lemos no texto bíblico mostrado acima, Lucas 15: 10. Ele salva o pecador, Ele tem grande gozo com a salvação de cada alma, por isso, também e compreende que o Seu gozo seja manifesto pela salvação dos pecadores.
Finalmente, Deus vive na eternidade. Creio que Ele já nos contempla glorificados. para ele a comsumação de todas as coisas já está à sua frente porque na eternidade não há tempo. Nem antes nem depois. por isso a Sua alegria é sempre constante e absoluta porque já está tudo consumando. desta forma também se percebe que "haja alegria no céus por cada pecador que e arrepende".
domingo, agosto 26, 2012
Casamento
Mas, entretanto, continuo na agradável caminhada de leitura de alguns livros escritos por Timothy Keller.
Curiosamente, depois de comprar os quatro que comprei, descobri que me faltava comprar um quinto "The reason for God".
Falando de casamento, Tim Keller, argumenta que o casamento é uma imagem do Evangelho.
Esta é uma ideia que me tem apaixonado nos últimos tempos. Descobrir que Deus nos dá a oportunidade de tipificarmos, imitarmos, experimentarmos o evangelho não só pessoalmente, nem apenas comunitariamente, mas como que encenando-o, para que o compreendamos melhor, imitando passo a passo para que o valorizemos ainda mais, e fazendo-o, Deus decidiu que tudo isto acontecesse na vida familiar que é a vida mais intima entre humanos.
Glória a Deus!
Tim Keller diz: "The reason marriage is so painfull and yet so wonderfull is because it is a reflection of the Gospel, which is painfull and wonderfull at once."
sexta-feira, junho 22, 2012
Ídolos religiosos
Quando soube da feliz notícia, e soube-a pelo meu amigo, já tinha encomendado o livro, juntamente com outros três, do mesmo autor, mas na sua língua original.
De qualquer forma, junto a minha voz à dele, alegrando-me com o facto de, os Católicos terem decidido traduzir um livro de um escritor Presbiteriano e Calvinista.
Acabei de o ler e foi bem investido o dinheiro.
Tim Keller diz, não literalmente no livro em causa, que o que nos afasta de Deus é, sobretudo, o que pensamos que fazemos mesmo bem.
Neste livro, falando sobre falsos deuses, ele diz que o nossos falsos deuses são coisas boas, que adulterámos, buscando nelas o que deveríamos buscar apenas em Deus. E isso, segundo ele, é idolatria.
Podemos encontrar idolatria em todos os lugares da nossa vida, até na religião, até na nossa pseudo-busca por Deus.
Deixo-vos algumas citações:
"Idolatry functions widely inside religious communities when doctrinal truth is elevated to the position of a false god."... "The sign that you have slipped into this form of self-justifiction is that you become what the book of Proverbs calls a scoffer. Scoffers always show contempt and disdain for opponents rather than graciousness."
"Another form of idolatry... turns spiritual gifts and ministry success into a counterfeit god."... Spiritual gifts (talent, hability, performance, growth) are often mistaken for what the Bible calls spiritual fruit."
"Another kind of religious idolatry has to do with moral living itself."... "Because we have lived virtuous lives, we feel that God (and other people we meet) owe us respect and support."
Sigo para ler o segundo dos quatro livros que adquiri.
terça-feira, junho 19, 2012
... é para quem não se preocupa com isso.
Mateus 18: 1, 4
Creio que a ideia geral que quero transmitir é bastante óbvia tendo em conta os textos Bíblicos e o título que dei ao post.
Mesmo assim, quero escrever. É para isso que isto serve...
No seu livro "Think", Pipper observa que, Jesus não está a dizer, aqui, que as crianças são os exemplos maiores de fé que todos nós deveríamos seguir. As crianças são mais falíveis do que os adultos. São, para além de muitas outras coisas, naturalmente egoístas, se não forem ensinadas a serem o contrário e são (como dá a entender a sua denominação) infantis. O próprio Jesus não era uma criança. Seria, portanto, ridículo pensar que as crianças é deveriam liderar a fé. Não é esta a intenção do Senhor ao trazer para a discussão o exemplo das crianças.
Por outro lado, as crianças são exemplos impecáveis de humildade.
Porque será? É fácil perceber que, alguém que ainda está a aprender tudo, que depende completamente de outros para ter qualquer coisa, alguém que ainda nunca foi independente (esta é a única forma de vida que conhece), e a quem os outros, com muita alegria, ajudam, esse alguém seja tendencialmente humilde.
É que, no fundo, toda a sua vida é claramente dependente dos pais, familiares, professores, de toda a gente.
Aqui, a palavra "claramente" é importante. Para a criança, a dependência em terceiros é perfeitamente assumida, e assumida também a sua inevitabilidade. A assunção de dependência é de tal forma que a criança, numa deturpação desta visão, pensa que os outros têm a obrigação de os servir. Juntando a isto, o facto de ela nunca ter sido independente (facto, que em grande parte dos exemplos, faz com que apesar de podermos ser dependentes de alguém, a certa altura da vida, não ficamos humildes de repente), resulta em uma vida humilde na sua melhor condição.
A humildade de que Jesus fala aqui (sendo a criança o seu paradigma), não é a humildade do "coitadinho" que não pode fazer nada, que precisa de todos e que todos têm pena dele. Não, a humildade aqui é um misto de descanso confiante no pai, porque sabe que as suas necessidades serão preenchidas, com uma despreocupação inocente do que não é do seu respeito.
A criança não se preocupa com a comida, com as notas que recebe no jardim de infância, com a roupa que vai vestir, com o tempo que vai fazer, etc.
A criança, aqui, é o elemento, aparentemente, mais fraco da equação. é quem se escandaliza, mas também é quem, como as ovelhas, nem sempre sabe bem para onde ir.
O coração humilde percebe que é pobre (não que que tem de se tornar pobre... pobres já somos todos, e no entanto, a boa notícia, nesta pobreza, é que somos aceites por Deus), fraco e, sendo assim, não tenta fazer nenhum tipo de "espectáculo para provar, erradamente, o quão bom pensa que é.
Segundo Jesus, o maior no Reino dos Céus é o coração da criança.
O coração que não faz a pergunta que os discípulos fizeram inicialmente.
Não sei se também fazem a mesma leitura que eu, mas vejo aqui uma forte resistência a tudo o que é auto-promoção, desejo de ser conhecido, desejo de aplausos, demonstrações (como se fosse arte circense) de teologia, profunda, às pessoas com quem falo, para impressionar.
O maior no reino dos céus é o que pede o "Pão de cada dia...", é o que não se preocupa com a sua reputação e perdoa sem lhe ser pedido perdão, é o que descansa e obedece ao Senhor até nas coisas que ele sabe que podia alterar, mas principalmente nas que não lhe dizem respeito.
A Glória no Reino dos Céus, neste sentido, é para quem não se olha muito ao espelho, nem quer saber como é que os outros olham para ele.
quarta-feira, junho 13, 2012
Não há cinzento
Romanos 10: 2-3
O nosso zelo não é suficiente. Pela simples razão que o nosso esforço não é o único ingrediente que agrada ao Senhor. Podemos ser esforçados, cumpridores (pelo menos do sistema religioso e legal que a certa altura criámos na nossa mente), modelares (pelo menos aos olhos dos outros), e mesmo assim, nada disso ser suficiente para agradar ao Senhor. Antes pelo contrário, o nosso esforço pode ser, exactamente o que nos distancia de Deus e o que O ofende grandemente.
Isto não vai lá apenas com suor humano...
O apóstolo Paulo fala de falta de sabedoria no uso do zelo. É néscio aquele que tenta conhecer Deus caminhando apenas o trilho da sua própria excelência e esforço. Não só é néscio, mas, digo-o eu não o Senhor (já que falo de Paulo, faço-o um pouco à forma de Paulo), é um grande gabarolas, por pensar que dele próprio (a saber: do seu esforço, da sua coerência, do seu cumprimento, da sua história, etc.) poderá vir algum resultado de tão elevado valor como o de conhecer o Senhor.
Juan de Valdés em "The Benefit of Christ" usa uma expressão clarificadora para falar do versículo 3 deste capítulo 10 de Romanos.
"Desconfia da tua própria justiça..."
Esta simples frase é clarificadora porque, nem toda a justiça é boa. Até diria que a justiça que por vezes pesamos ser neutra, ou seja, a nossa justiça, quando respondemos, face a algumas escolhas nossas, "não há mal nenhum nisto ou naquilo...". O que, de facto, estamos a dizer é que, no fundo, o que fizemos, não é necessariamente bom, no sentido em que, claramente, seja uma escolha motivada pelo Evangelho em nós. Não é uma escolha contra cultura, porque Deus assim o deseja. Percebemos que a escolha que tivemos foi uma escolha pessoal, não foi uma escolha divina.
Dizemos que "não há nada de mal", porque pensamos (ou se calhar esta é apenas uma desculpa para, na nossa mente, justificar o nosso secularismo) que os princípios que nos levaram a tal escolha são neutros.
A nossa justiça não é neutra. Confiar na nossa justiça é rejeitar a justiça de Deus.
Não digo isto apenas num prisma moral em que avaliamos certa acção, mas digo-o sobretudo no nível com que comecei este texto. A nossa justiça, na nossa busca por Deus é uma ofensa à justiça de Deus. Se valorizamos uma, desprezamos a outra.
Por isso, Deus não espera, nem quer que vivamos a nossa vida, ainda que coerentemente, numa base em que a nossa opinião é que reina.
A nossa opinião não é chamada para a busca de Deus.
O Zelo não é suficiente, nem tão pouco a nossa justiça.
quarta-feira, junho 06, 2012
Fogo estranho
terça-feira, maio 29, 2012
Importância
Se vivemos vidas conquistadas por nós, ou então se lutámos pelo que temos e o que temos é apenas aquilo pelo qual lutámos, então não temos nada que realmente interesse.
A eternidade, a alma, o conhecimento de Deus, a salvação, o propósito da vida, não têm comparação, em nível de importância, com promoções de carreira, dinheiro, vingança, acção social.
As primeiras não são possíveis para nós, logo, são muito mais perenes que as segundas. As últimas, com muito esforço, poderão ser conquistadas, mas o seu valor fica-se por esta vida e nada mais.
Como disse Joel Beeke "as coisas que mais valorizamos são coisas que não conseguimos alcançar."
Resta-nos a pergunta, "então e não as conseguimos alcançar, porque é que falas delas aqui?" ou então, "Porque é que devemos saber alguma coisa acerca de algo que nos é interditado?"
Eu não disse que estas coisas nos eram interditadas... disse, sim, que não as conseguíamos alcançar. É diferente.
As coisas mais importantes da vida não são conquistáveis, são, antes, concedidas por Deus.
quarta-feira, maio 23, 2012
Trying to make a case
Romanos 6:1
O argumento do apóstolo Paulo para não pecarmos não é, desta vez, o castigo de Deus, nem as consequências do pecado. Antes, argumenta com o próprio Evangelho.
Quem foi convertido, quem nasceu de novo, quem passou da morte para a vida, quem é salvo, morreu para o pecado. É uma afirmação. Não é uma possibilidade, nem é uma tarefa e nem tão pouco é um esforço que fazemos pela vida a fora.
Os salvos não permanecem em pecado porque já morreram para o pecado.
Depreende-se que, se permanecermos em pecado, se nunca se der uma volta de arrependimento, se nos sentirmos confortáveis com o pecado, de forma que poderíamos viver sempre assim, então não somos salvos.
É como lemos em Hebreus, em dois textos específicos:
"Porque é impossível que os que já uma vez foram iluminados, e provaram o dom celestial, e se fizeram participantes do Espírito Santo, e provaram a boa Palavra de Deus e as virtudes do século futuro, e recaíram, sejam outras vez renovados para arrependimento; pois assim, quanto a eles, de novo crucificaram o Filho de Deus e o expõem ao vitupério."
Hebreus 6: 4-6
O escritor aqui ainda avança mais um pouco. Ele fala da possibilidade de provarmos, de sermos iluminados e de sermos participantes das bênçãos celestiais (como por exemplo o cônjuge do filho(a) de Deus em I Coríntios 7: 13- 14).
Na nossa experiência, conseguimos sinalizar, facilmente, alguns que sempre andaram no meio da igreja, uns até foram baptizados, até lideraram ministérios, mas depois de algum tempo notou-se que não produziam "frutos dignos de arrependimento". Essa era a sua forma de viver. Mas ao mesmo tempo, agiam de forma externa igual à maioria das pessoas que ali comungavam. Eventualmente essas pessoas, ou tornam-se frias na sua fé vivendo de forma religiosa, ou então abandonaram a igreja. São essas pessoas a que o escritor de Hebreus se refere neste capítulo.
Porque, o mais sério ainda está para vir.
Se ele se estivesse a referir aos cristãos, salvos, Filhos de Deus, que nasceram de novo, ele também estaria a dizer que, se eles caírem, já não há recuperação possível.
Sempre que se fala da suposta perca da salvação, também se fala de uma recuperação dessa mesma salvação. Este texto diz que isso é impossível.
Mas ele não fala dos salvos, fala dos outros de quem falei acima.
Os salvos, esses, preserverarão até ao fim (Marcos 13:13, Filipenses 1:6, Hebreus 10:14, entre muitos outros).
Tendo isso em mente, compreendemos melhor o que se lê no capítulo 10 do mesmo livro:
"Porque, se pecarmos voluntariamente, depois de termos recebido o conhecimento da verdade, já não resta mais sacrifício pelos pecados, mas uma certa expectação horrível de juízo e ardor de fogo, que há-de devorar os adversários. (...) De quanto maior castigo cuidais vós será julgado merecedor aquele que pisar o Filho de Deus, e tiver por profano o Sangue do Testamento, com que foi santificado, e fizer agravo ao Espírito da graça? (...) O Senhor julgará o Seu povo. Horrenda coisa é cair nas mão do Deus vivo."
Hebreus 10: 26 - 31
Dois apontamentos apenas:
Primeiro, estes que receberam o conhecimento da verdade e que foram santificados, encaixam perfeitamente no grupo de pessoas que Hebreus 6 fala. Tal como Romanos 6 nos diz há impossibilidades que o novo nascimento cria.
Segundo, a expressão "Deus julgará o Seu povo", refere-se ao povo visível, à igreja que e vê, tal como se lê em Ezequiel 34:17, ou em Romanos 9: 6, ou como temos todos visto acontecer nas nossas igrejas, nem toda a igreja visível é salva.
"Trying to make a case" de que a salvação oferecida pelo Senhor aos que a recebem, é segura, e nada nos fará perdê-la.
A interpretação de Hebreus 10 teve a orientação de John Pipper, Hebreus 6 e Romanos 6, a orientação de muitas conversas com amigos e leitura de alguns comentários ao longo te algum tempo. Não anotei toda a bibliografia.
Isto não é original meu.
segunda-feira, maio 21, 2012
Uma coisa é clamar ao Senhor por salvação, outra é resmungar com o Senhor porque a vida não nos corre como queríamos que corresse.
Deu chama Moisés, capacita Moisés, faz maravilhas através de Moisés, traz pragas sobrenaturais sobre o Egipto, para libertar o Seu povo (já agora convém dizer que o Senhorio de Deus em toda a situação era tal que o povo não saia da terra porque O coração do Faraó estava endurecido, e tinha sido, exactamente, Deus quem o endureceu. Ele fê-lo para que fosse glorificado também na vida do Faraó), e depois de muita indecisão por parte do Faraó, com claros prejuízo para ele e para o seu povo, lá o povo é libertado com mão poderosa.
Aqui inicia-se um série de, tristes, infantis, humanas, esquecidas e carnais lamentações.
Depois desta libertação poderosa, o Faraó muda de ideias e persegue o povo.
O povo reage, "Não havia sepulcros no Egipto, para nos tirares de lá, para que morramos neste deserto? Porque nos fizeste isto, que nos tens tirado do Egipto?"
Note-se que a critica do povo face à circunstância até é compreensível, o que não é compreensível é a sua crítica face ao que já tinha visto que o Senhor era capaz. Somos muito esquecidos sempre que se nos deparam circunstâncias terríveis.
Continuando, o Senhor salva o povo com mão forte. Afoga todo o exército do Faraó no Mar Vermelho.
Moisés e Miriã levam o povo a cantar louvores a Deus, mas logo de seguida...
"O povo murmurou contra Moisés, dizendo: que haveremos de beber?"
Deus deu-lhes água potável para beberem, e logo a seguir...
"Quem dera que nós morrêssemos por mão do Senhor na terra do Egipto, quando estávamos sentados junto às panelas de carne, quando comíamos pão até fartar."
Esquecidos que somos... lembro-vos, eram escravos, não estavam sentados junto à panelas de carne nem nada disso.
Deus dá o maná e o povo come que se consola.
E eu ainda só vou no capítulo 17 de Êxodo. Mais virá...
O que nos alivia é que nós, hoje, já não somos nada assim...
domingo, maio 20, 2012
D'Ele para Ele
Hebreus 11: 6a
É como se estivesse a dizer, "agradas-Me ao perceberes que és inútil, e que dependes de Mim para tudo."
No versículo 1, deste capítulo, recebemos a explicação do que é fé. Deus não se agrada com a nossa "não-fé".
Com o que é visível, palpável, no fundo com o que, naturalmente (no sentido do homem natural em oposição do homem espiritual), nos agrada, é incompatível.
Ele está muito pouco interessado com os nossos afazeres se ele revolverem apenas à nossa volta.
Agrada-Lhe, em nós, exactamente o que não temos, nem vemos, mas que Ele tem.
O Seu maior prazer em nós é Ele próprio em nós.
sexta-feira, maio 18, 2012
Quem não quer, nunca há-de querer
Inicialmente esta decisão era vista, para ele, algo como que uma guerra entre deuses.
O que a vara de Arão fazia, os seus magos também faziam. Logo, "que poder tão especial há neste vosso Deus, que me obrigue a deixar este povo sair?", pensava ele.
Mas rapidamente o Senhor vence as artimanhas e ilusões dos magos do Faraó. ultrapassa-os por larga margem. Na terceira praga, a das rãs, os magos imitam mas não conseguem controlá-la. É Moisés que, pedindo ao Senhor faz com que a praga pare.
Daqui em frente, os magos tornam-se apenas espectadores envergonhados.
Daqui em frente o argumento do Faraó acaba.
Nem por isso ele deixa o povo ir. Sucessivamente diz que deixa o povo ir, mas quando a praga passa já não deixa. Nem experimentando em primeira mão a ira e as pragas de Deus, toda a Sua soberania para a qual nenhum dos seus encantadores tinham capacidade de igualar, o Faraó creu.
Para nós, de igual forma, inicialmente crer pode até ser visto como uma guerra entre deuses. O que é que Deus faz, ou fez de tão importante que o meu dinheiro não faça, ou que a minha carreira não me dê? Muitos nunca saem destas questões, e ficam presos ao que supostamente lhes daria mais prazer. São escravos.
Mas logo logo, este competição acaba. Torna-se óbvio demais quem é o mais poderoso, quem fez mais por mim, quem lida com o que mais interessa. É Deus. Mas mesmo assim, muitos não crêem.
Não só são escravos, estão cegos, não vêem com tudo à frente deles.
Não deixe passar a sua vida sem que perceba o mais óbvio.
Êxodo 7 -11
Oração
Que eu busque o Teu reconhecimento e apenas o Teu reconhecimento.
terça-feira, maio 15, 2012
Em tom de comentário à última publicação. Não o leiam antes de lerem o que está abaixo.
A salvação só o é se me sentir pecador.
Antes de saber que sou amado por Deus, tenho que saber que ofendo a esse mesmo Deus.
Tenho ouvido uma série de palestras acerca de reavivamento...
Pregação acerca da Lei de Deus. Quando oiço falar de "pregação legalista", penso sempre na pregação que serve para dizer que o nosso trabalho é cumprir esta mesma lei. Numa pregação da vontade do homem, num certo elevar das nossas capacidades. É uma pregação que nos leva a pensarmos que tal façanha é possível. Penso, geralmente, que é uma pregação destituída da graça de Deus.
Mas tenho estado errado. Tom Ascol ensina que a "pregação legalista" tem grande importância.
Mas pregar na Lei de Deus é pregar na Lei mais rigorosa, e intolerante, e zelosa que existe.
É pregar que esta lei é impossível de obedecer de forma impecável, é dizer que somos culpados, é dizer que somos miseráveis, que estamos aquém. Logo, a Lei deve ser pregada com toda a sua exigência, para que a culpa do pecado possa ser revelada às mentes dos ouvintes.
A "pregação legalista" tem que anteceder a pregação acerca de Cristo.
A "pregação legalista" traz grande fome por Cristo.
Cristo, a partir daí, tem que ser pregado como a única salvação para o pecador.
Temos que, a partir daí, elevar a pessoa de Cristo como a solução da condição tão miserável em que nos encontramos depois de sermos colocados frente a frente com a Lei de Deus. Ele é a resposta de Deus para o nosso problema, e Deus oferece-nos essa resposta, passando ela a ser a nossa própria resposta.
No reavivamento a pregação de Palavra toma uma posição de grande evidência.
"Visto como na sabedoria de Deus o mundo pela sua sabedoria não conheceu a Deus, aprouve a Deus salvar pela loucura da pregação os que crêem."
I Coríntios 1:21
sábado, maio 12, 2012
Portas Abertas
Jonas 1: 3
Enquanto leio um pequeno capítulo do livro "Amado Timóteo" escrito por Geoff Thomas, o capítulo, bem entendido, porque este livro é escrito por várias pessoas... mas como ia a dizer, ao ler este pequeno capítulo sou chamado para um pormenor que me fez pensar.
É certo que não concordo com tudo o que este pastor sénior escreve, mas com base no texto Bíblico acima escrito, ponho-me a pensar: o que será que passou pela mente de Jonas quando encontrou o barco que ia exactamente para onde ele queria ir, e que custava uma quantia que ele podia pagar?
Será que Jonas também era da mesma opinião que nós em relação às "portas que se abrem" e às "portas que se fecham"? Será que para ele esta era uma porta aberta? As coincidências faziam pensar assim.
Será que um naufrágio como o que Paulo sofreu era uma porta fechada?
Não acham perigoso basearmos a nossa definição de "vontade de Deus" nestes critérios? Claramente, vemos que até o decidir ir, exactamente, para o lado oposto de onde Deus nos quer, pode ser sustentado como sendo a vontade dEle.
Por isso, Deus usa o que de mais óbvio Ele pode usar para percebermos o nosso mau caminho e a nossa ignorância no conhecimento de Deus.
O sofrimento, o peixe grande.
sábado, maio 05, 2012
"Just do it..."
Será que quanto mais fizer melhor sou? Será que tenho que justificar a minha vida com o que faço? Todos nós sabemos a resposta certa. Todos, se perguntados, respondemos que "o ser é que impulsiona o fazer". Eu também respondo assim.
E não me entendam mal, eu creio nisso. Creio de tal forma nisso, que percebo que a minha luta é por, na verdade, não viver assim grande parte das vezes.
Também creio que vivemos numa cultura de "fazer". Cada vez mais me incomoda tudo o que é louvor à obra do homem (até conseguimos fazer coisas engraçadas...), às técnicas e ciências humanas que podem "maximizar" o poder do Espírito Santo, todas as filosofias, psicologias, sociologias, pedagogias, e outras "gias" que têm tirado a proeminência da Bíblia na nossa evangelização, ensino, aconselhamento, etc.
Para ouvirem alguém que fala com propriedade deste assunto, oiçam um senhor chamado Paul Washer.
Deus me guarde de ter um coração produtivo de técnicas, ideias e projectos e não ser um coração que ame a Deus e Lhe obedeça apesar das circunstâncias.
domingo, março 18, 2012
Notícia importante!
NÃO LEIAM ESTE BLOGUE!
Esta é a maior redundância que poderia escrever aqui.
Agradecimentos...
O resultado é que, escrevendo a "correr" como quase sempre escrevo, surgem erros inesperados, que por incompetência minha não são corrigidos.
Quero agradecer, sinceramente, à minha cunhada Luísa por me ter chamado a atenção para outros erros, mais graves, de distracção na minha escrita.
antes tinha escrito "O Reino de Deus é oposto a Deus". Aqui não há desculpa de tecla, nem de nada que tenha a ver com problemas técnicos. O erro foi mesmo de distracção.
Já está corrigido.
Os erros dos "S's" nem foram mencionados por misericórdia.
domingo, março 04, 2012
O Reino de Deus vrs nosso reino II
O Reino de Deus não é deste mundo:
“Jesus respondeu: O meu Reino não é deste mundo; e o meu Reino fosse deste mundo, lutariam os meus servos, para que eu não fosse entregue aos judeus; mas, agora, o meu Reino não é daqui.”
João 18: 36
Não se baseia com os valores e parâmetros deste mundo:
“Mas Deus escolheu as coisas loucas deste mundo… e Deus escolheu as coisas fracas deste mundo… e Deus escolheu as coisas vi deste mundo, e a desprezíveis, e as que não são… para que nenhuma carne se glorie perante Ele.”
I Coríntios 1: 27-29
O Reino de Deus é diametralmente oposto aos valores do mundo:
“Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele.”
I João 2: 15
Estes textos, entre muitos outros mostram-nos que não só o Reino de Deus não é deste mundo, nem é o nosso reino, mas acima de tudo que nós, naturalmente, somos inimigos deste reino.
O preâmbulo foi criado para fazer uma questão.
Se é assim, então porque é que os cristãos pensam como os não-cristãos? Porque é que quando falo de finanças, a resposta de um suposto seguidor de Cristo é igual à de uma pessoas que nunca teve um encontro pessoal com Jesus? Porque é que o namoro (à parte do sexo antes do casamento, porque pensamos que essa é a única ordem de Deus a esse respeito) é igual e assenta sobre as mesmas premissas que as de um incrédulo? Porque é que a nossa visão de nós próprios enferma dos mesmos males que vemos nas pessoas sem Deus? Porque é que tal como os “outros”, somos julgadores, materialistas, egoístas, etc?
A realidade é que temos que ser confrontados com o nosso pecado.
Amamos o mundo e o que nele há. Sendo este o caso, a nossa situação é terrível. O amor do Pai não está em nós.
Passamos muito mais tempo a pensar em dinheiro, prazer, relacionamentos, negócios, reputação, do que a pensar no que Deus quer fazer das nossas vidas.
Passamos muito mais tempo em frente a uma televisão, a um computador, num café, do que a ler a Bíblia ou em oração.
Eu sei que há situações em que uma não anula a outra, mas não estou a falar disso. Quando falo de café, falo de passarmos tempo ali sem ter a menor preocupação de comunhão com Deus, ou ao computador de igual forma.
Precisamo-nos arrepender.
A igreja precisa dobrar os seus joelhos em arrependimento. Precisamos parar de pensar que temos a salvação garantida porque, num dia qualquer, levantámos a mão e passámos a ser membros de uma igreja local.
Se não obedecemos a Deus, se não houve uma transformação radical (mesmo que sempre tenhamos sido boas pessoas), então não temos o amor do Pai connosco.
sexta-feira, março 02, 2012
Reino de Deus vrs nosso reino
Desde o início do Novo Testamento que o Reino de Deus é anunciado ao homem, como tendo chegado. Primeiramente por João Baptista (Marcos 1:4), depois por Jesus Cristo (Lucas 8:1) e depois pelos apóstolos (Actos 2: 37-38).
Nesta mensagem, uma coisa era comum, o arrependimento. Todo o homem que se quisesse chegar ao Reino de Deus, tinha que se arrepender, tinha que mudar.
Compreendemos, então, que, no estado natural de cada um, somos completamente incompatíveis com o Reino de Deus. Poderia até dizer que o Reino de Deus existe em contraposição ao nosso reino.
Todo Ele é uma contradição do que existe naturalmente na nossa mente, são irreconciliáveis. Por isso, o chamado ao arrependimento.
Porque havendo uma mudança, essa nunca será da parte de Deus, essa mudança terá sempre que vir da nossa parte, por ser a parte pecadora, a que ofendeu, a que é criação.
terça-feira, dezembro 20, 2011
Neste ano...
Faz lembrar a parábola que Jesus contou:
"Disse também: O reino de Deus é assim como se um homem lançasse semente à terra, e dormisse e se levantasse de noite e de dia, e a semente brotasse e crescesse, sem ele saber como.
A terra por si mesma produz fruto, primeiro a erva, depois a espiga, e por último o grão cheio na espiga. Mas assim que o fruto amadurecer, logo lhe mete a foice, porque é chegada a ceifa."
Marcos 4:26-29
domingo, novembro 13, 2011
A nossa glória
I Coríntios 1:30-31
terça-feira, novembro 08, 2011
...a pensar alto... (mal escrito, sem grande estrutura)
A Lei nunca serviu para o homem e chegar a Deus. Antes, era o padrão de Deus e o caminho da perfeição, que revelava a imperfeição e o pecado do homem (Romanos 3:20). O povo Judeu reconciliava-se com Deus através dos sacrifícios de arrependimento, nunca através do cumprimento da lei. Isso era impossível.
De igual forma, a reconciliação com Deus, hoje, acontece por Cristo, nunca pelas obras de lei, pelo seu cumprimento ou não. Logo, o cumprimento da lei, não é o factor decisivo para a reconciliação com o Senhor. Não são os actos de pecado que nos separam de Deus, é a nossa condição original. O actos de pecado são a consequência deste estado.
Em Romanos 6:1, logo surge a pergunta, então podemos pecar à vontade, porque não é a lei que nos salva…
Não, porque a graça de Cristo e a fé nEle, dão-nos nova vida. A Cruz torna-se o motor da nossa caminhada. Obedecemos não para manter ou conseguir algo, mas obedecemos (com uma força, determinação e vontade maior do que alguma vez tivemos, porque é Deus quem opera essa transformação em nós).Confesso o meu cansaço nos protagonismos disfarçados de espiritualidade, no enaltecer da nossa obra, no "quanto mais fizermos mais vamos receber...".
sábado, maio 14, 2011
O que é de Deus, é de Deus.
Segue-se o livro de Números. Que o Espírito Santo me guie a mente!
Levítico termina assim:
"Todavia, nenhuma coisa consagrada que alguém consagrar ao Senhor de tudo o que tem, de homem, ou de animal, ou do campo da sua possessão, se venderá ou se resgatará; Toda a coisa consagrada será um coisa santíssima ao Senhor.
Toda coisa consagrada que for consagrada do homem não será resgatada; certamente morrerá."
Levítico 27:28-29
A nossa vida está incluída. Não se volta atrás!
domingo, maio 08, 2011
Não costumo citar provérbios. Mas este parece-me muito apropriado.
Provérbios 26: 20
No que toca à língua, o fogo quer-se extinto.
É sempre verão, não deveriam existir lareiras, nem churrasqueiras.
sábado, abril 30, 2011
A resposta óbvia
- O que é que me queres pedir?
Até o rei sabia o que ele ia pedir, até eu sei...
Mas perante a resposta óbvia, mesmo assim, Neemias ora.
A pergunta que ele fez era a que se esperava, mas fê-la debaixo da vontade de Deus.
Eu devia pedir tempo para orar mais vezes perante as solicitações que me fazem...
quarta-feira, abril 27, 2011
Não sejam como publicanos...
“Pois, se amardes aos que vos amam, que recompensa tereis? Não fazem os publicanos também o mesmo?”
Mateus 5:46
Jesus refere-se à recompensa do cristão em relação ao amor ao inimigo. A recompensa vem se o amor do cristão for maior, do que o daquele que não é comprometido com Deus.
É como se Jesus estivesse a dizer, “qual é a vantagem de serem cristãos se vivem de forma igual aos que não o são?”
Dando apenas um passo mais…
“Se fizerem o planeamento familiar com base no vosso dinheiro, se escolherem a vossa carreira com base no estatuto social, se valorizarem o que conseguem comprar, se querem ter controle sobre toda a vossa vida, que recompensa tereis? Não fazem os publicanos também o mesmo?”
sábado, março 12, 2011
terça-feira, março 08, 2011
Lívre arbítrio
Mateus 26: 39
Para seres néscios como nós, a melhor decisão é imitar o único humano sábio, Jesus.
A melhor decisão é decidir abdicar da nossa liberdade.
domingo, março 06, 2011
Pequenez.
Somos distraídos demais com o que não interessa a ninguém.
quinta-feira, março 03, 2011
Culpa
Se esta não é sua prerrogativa, também não é minha, mas eu digo o contrário, alargo a culpa da morte de Cristo a todos nós.
quarta-feira, março 02, 2011
Morte
Mas Deus prova o seu amor para connosco pelo facto de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores."
Romanos 5: 6-8
domingo, fevereiro 27, 2011
Confesso que...
Cristo não insistiu com os que não queriam, não correu atrás dos nove leprosos ingratos, não simplificou as parábolas para que todos O percebessem, nem atenuava o discurso com os Fariseus hipócritas. Mas chorou ao olhar para Jerusalém, insistiu na cruz, gotejou sangue pela sua aflição por nós.
sexta-feira, fevereiro 25, 2011
Long time no see...
Toda a gente anda em outras redes sociais, escrevem de tudo e mais alguma coisa, sobre tudo escrevem sobre o que não interessa a ninguém.
Também eu enfermo desse mal, mas sem escrever grandes coisas...
Manter um blogue é um exercício de grande perseverança. perseverança que não tive, mesmo que agora escrevesse durante toda a minha vida sem falhar não tive a perseverança que outros tiveram para manter interessante um espaço que deixou de estar na moda.
Nada disso é grave...
Vou ser pai, e isso é que é importante.
Já fiz um ano de casado, e isso é que é importante
Deus tem trabalhado em vidas na fonte em São Pedro do Sul.
E em Viseu ainda lutamos para sermos uma igreja obediente a Deus.
Novidades, outras nem tanto, mas a vida continua apesar do que acontece na internet.
sábado, setembro 04, 2010
Queria que me fizessem uma tatuagem
Já não vou fazer.
Pensei que no céu podia pedir um favor especial a Deus: "... deixa que no meu corpo glorioso eu tenha uma tatuagem como sempre quis ter na terra e nunca tive... deixa também que possa andar sempre sem camisola para todos a verem...".
E Deus respondeu: "Mas eu sou contra as tatuagens."
terça-feira, agosto 31, 2010
Oração
Oswald Smith em "Paixão pelas almas"
sexta-feira, agosto 27, 2010
Quem disse que não temos tradições?
De repente, apanho-me e dizer: "desculpa, tenho que parar a conversa porque preciso de orar..."
sábado, agosto 21, 2010
Foi você quem pediu, um estalo na cara?
É altura de relembrar que a comunhão com Deus que me é permitida, não tem nada a ver com qualquer tipo de mérito meu.
É altura de me ajoelhar e de, como diz o meu amigo Samuel Úria, "apequenar-me".
quinta-feira, agosto 19, 2010
Casa
Filipenses 3:13a, 20a
É normal esta falta de conforto, o sentimento de escassez, a dor, o senso de que falta alguma coisa.
Não é sinal de falta de espiritualidade, muito pelo contrário!
Esta vida não foi feita para ser completa.
Se nos sentimos plenamente completos, não sei se isso será um bom sinal.
Na presença eterna de Deus, livres do pecado, sem obstáculos, seremos completos, seremos tudo o que deveríamos ser. Aí atingiremos, de facto o nosso alvo.
Só na presença de Deus, completamente submissos à Sua pessoa, então somos verdadeiramente Adão.
quarta-feira, agosto 18, 2010
Os degraus
Não sei se este será o pecado capital que nos tem afastado de conhecer Deus verdadeiramente. Afasta a sociedade, e afasta a igreja. Mas mesmo que não seja este o pecado capital, esta é uma das grandes pedras de tropeço.
Temos uma grande tendência para "saltar degraus", não fazer as coisas como deviam ser feitas, pensar que somos mais inteligentes do que quem nos aconselhou os passos a seguir.
Li algo que traz alguma luz sobre este assunto.
"Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o Reino dos Céus."
Mateus 5:3
"Essa é a qualidade fundamental do crente, do cidadão do Reino dos Céus;"
"Não podemos ser cheios enquanto não formos vazios."
"Há o derribamento e há também a edificação."
"O aniquilamento vem antes da elevação."
"O Evangelho de Cristo condena antes de libertá-lo."
D. Martyn Lloyd Jones
domingo, agosto 15, 2010
Adoração
A adoração é impossível sem o dia do Sábado (descanso).
Preciso ouvir outra vez, e perceber bem.
Cada um de nós é uma oferta de Deus a nós mesmos.
sábado, agosto 14, 2010
Compaixão
Depois de falecer um amigo, apenas o verdadeiro e profundo sentimento pelo próximo é que nos leva a não fugir das multidões. Antes pelo contrário, a abraçá-las, servi-las e a ensiná-las.
Percebi ontem que estava tão longe de ter verdadeira compaixão pelas pessoas.
quarta-feira, agosto 11, 2010
... perseverai até ao fim... e ao que perseverar será salvo.
Há uns anos atrás, comecei este blogue e mantive-o saudável durante muito tempo, depois passou.
Agora é o Facebook.
Admiro quem consegue manter (e a expressão é mais do que manter) blogues durante anos a fio, e agora também alimenta outras contas do mesmo género.
Alguém disse que não se aprende nada com "estas modernices"?
sexta-feira, julho 09, 2010
sábado, março 20, 2010
O maná
O amigo que se oferece para ajudar na expectativa de depois receber alguma recompensa.
O crente que faz ofertas pensando que isso lhe dá mais valor do que aquele que não as faz.
O pai que não liberta o filho para viver a vida, porque quer continuar a controlar a sua vida, argumentando que o ama.
Deus não tem agendas escondidas.
segunda-feira, março 15, 2010
sábado, março 13, 2010
prova de Deus
"Se acontecer que teu filho no tempo futuro te pergunte, dizendo: Que é isto? Dir-lhe-ás: O Senhor nos tirou com mão forte do Egipto, da casa da servidão. Porque sucedeu que, endurecendo-se Faraó, para não nos deixar ir, o Senhor matou todos os primogénitos na terra do Egipto, desde o primogénito do homem até ao primogénito dos animais; por isso, eu sacrifico ao Senhor os machos de tudo o que abre a madre; porém, a todo primogénito de meus filhos, eu resgato."
Êxodo 13: 14-15
O me que faz pensar ainda mais é que, no relato, o Senhor disse que Ele mesmo iria endurecer o coração do Faraó, e Ele o faria para Sua glória.
É esta centralidade na Sua pessoa, um tipo de egoísmo exacerbado que Deus tem por Si mesmo e que na nossa mente para além de criar muitas questões poderá apenas levar a uma de duas reacções:
Acusarmos Deus de ser injusto e tirano. Obviamente, esta acusação é feita de acordo com os nossos parâmetros de justiça e tirania.
Ou...
Reconhecermos que Ele é Deus soberano, que Ele não partilha a Sua glória, e que os Seus caminhos são muito mais altos que os nossos. Daí, a nossa incompreensão resultar em silêncio reverente.
sexta-feira, março 12, 2010
Faca de dois lados
Hebreus 11: 7
O meio de salvação para uns, também é o meio da condenação para os outros.
Texto áureo
Provérbios 4:23
terça-feira, março 09, 2010
Uma explicação
A forma mais clara nem sempre será a mais explicada, poderá ser também a mais simples.
Confesso que, por culpa do meu "baptistêz" tenho sentido dificuldades. Ah expressões idiomática que só vêm atrapalhar.
"...porque nos falas por parábolas?"
A salvação II
Deus decidiu providenciar, Ele mesmo, a solução.
Jesus, Filho de Deus, Eterno, Santo, Ele próprio Deus, encarnou, não só para ser exemplo à nossa vida de como viver, mas sobretudo para nos levar a Deus.
Ele é perfeito em todos os aspectos, logo, o único que pode fazer alguma coisa em relação a esta situação.
O que Ele fez foi: Foi dado como culpado, perante Deus, de todo o pecado cometido por todo o ser humano em toda a história e pagou o preço desse pecado, morrendo, não só na cruz, mas também espiritualmente.
A morte não o venceu, por isso, Ele pode salvar. Ele não permaneceu morto espiritualmente, ressuscitou!
O castigo do meu e do teu pecado já está pago, no entanto , a salvação não é impingida a ninguém.
Para sermos salvos, precisamos de nos arrepender desse mesmo pecado (para detestarmos o pecado) e seguir a Jesus pela fé, com obediência, fidelidade.
Da parte de Deus, Ele começa a trabalhar na nossa vida e garante-nos a salvação.
sábado, março 06, 2010
A salvação
Por isso, quer se salvar.
Para isso, tenta de inúmeras formas anular a dívida que tem com Deus para que se salve.
Religião, ética, acção social, espiritualidade, etc.
Todas as formas, todos os esforços, acabam por ser inúteis. A salvação não vem do homem.
Por amor, porque Deus sabe a nossa situação de perdição irremediável, desde o início, planeou uma solução. Melhor, a solução.
Deus, Ele próprio, encarnou para viver entre nós (Jesus Cristo) e para na Sua morte ser acusado e culpado dos pecados que desde sempre se cometeram.
Ou seja, Deus oferece-se para pagar o castigo que o nosso pecado merece (a morte espiritual), para que nós tenhamos a possibilidade de sermos tratados como quem nunca pecou, logo salvos.
A salvação é uma oferta de Deus em que nós temos que nos arrepender dos nossos pecados, pedir misericórdia a Deus por nós, e pela fé (fidelidade, obediência) em Jesus Cristo aceitar que Deus comece a trabalhar em nós.
sexta-feira, março 05, 2010
Tanta coisa, tanta coisa, para chegar ao dia e não dizer nada.
-Não, o que foi?- mostrando ela claro interesse.
- Amanhã o meu blogue faz anos!!
- Uau (a entoação denotava claro gozo)! Então temos que ir jantar fora (ironicamente).
Ontem, num dos poucos dias em que ultimanente não tenho escrito, este blogue fez 5 anos.
Não sei se contam os que foram folha de papel vazia. Digam-me os que mandam. Se não, então apenas comemoro uns 2 anos e qualquer "coisinha".
Mas como não manda ninguém cá, são cinco anos e isto é uma efeméride e pronto!!
quarta-feira, março 03, 2010
Deus e o homem
é possível e Deus quer ter um relacionamento com a sua criação.
Só poderá ter este relacionamento quem não tiver pecado.
O homem é pecador.
É uma tendência natural, é um hábito usual, é uma condição herdada.
Por isso, o homem está longe de Deus, longe do criador da vida, logo, morto.
O homem está perdido.
Deus
É pessoal, tem vontade, e tem um plano para toda a Sua criação.
É zeloso, justo, exigente, santo.
Por isso não tolera o pecado, a injustiça, o engano, a mentira.
segunda-feira, março 01, 2010
Síndrome do Faraó
Êxodo 9: 28b, 35a
...voltando a Êxodo.
Quando passa a dor que nos levou a pedir misericórdia e perdão ao Senhor, volta também o pecado em que estávamos.
O arrependimento terá que ser uma decisão consciente, não uma forma de escaparmos a um castigo que, por alguma razão, achamos que não deveríamos estar a sofrer.
Era bom, Senhor, que a Tua mão pesada continuasse sobre nós, porque esquecemos depressa demais.
domingo, fevereiro 28, 2010
Este é capaz e ser o maior post que escrevi desde que recomecei a escrever.
Actos 2:43
Não vou falar das maravilhas que se faziam e agora não se fazem, não vou falar dos dons que uns dizem que já não existem, e outros dizem que ainda existem, não vou falar de termos igrejas com duzentos, mil ou vinte mil membros e disso ser um sinal de espiritualidade ou não nas nossas vidas.
Escolhi este versículo apenas como um marcador duma série de versículos que servem para ver como a Igreja pode ser algo, literalmente, do outro mundo.
Tanto é assim, que lemos o início do livro de "Actos dos Apóstolos" e aos nossos olhos, a realidade ali descrita, parece-nos algo distante, fabulosa (vindo de fábula), incrível (vindo de impossível de acreditar que aconteceu).
Na igreja não haviam departamentos de jovens, nem de senhoras, nem de adultos, nem EBD (a saber, Escola Bíblica Dominical), nem de sociabilidade. Curiosamente, hoje existem, e a nossa argumentação é que estamos actualmente mais organizados. Se estamos mais organizados, isso não se deveria verificar nas nossas vidas eclesiásticas?
Voltando a Actos, se não haviam departamentos, obviamente, também não haviam actividades, pelo menos actividades oficiais.
Mas não nos enganemos, havia muita actividade. Actividade é muito diferente de actividades. e não haviam actividades porque havia actividade.
Confuso?
Temos actividades combinadas, planeadas, programadas, porque na informalidade, no dia-a-dia, de segunda a sábado, na nossa sala de estar, pura e simplesmente, não há actividade alguma.
Não sei (querendo dizer que quase que aposto que sim) se as nossas actividades organizadas não serão a própria razão pela qual Deus não cria actividade nas nossas vidas.
Como ouvi há uns tempos atrás, "Em cada alma havia temor..." é o arranque para a actividade. e é exactamente isto que nos falta.
sexta-feira, fevereiro 26, 2010
O meu tempo
Êxodo 5: 8b
O ócio está associado, na mente activista, à espiritualidade.
Isto, vindo de um Faraó que adorava a um sem número de deuses falsos, não me espanta nada. Vindo de uma pessoa que foi salva por Jesus e diz que tem um compromisso com Deus, já é outra história...
Mesmo assim quando a decisão é pela meditação deixando afazeres pendentes, contemos com represálias.
Aqueles ímpios...
Êxodo 6: 12
Como podemos nos indignar com a vida dos "chamados" ímpios (se bem que ímpios somos nós, e pensamos que não o somos. Estes são os da pior espécie.) se nós, que somos os "chamados" filhos de Deus (se bem que no céu hão de haver muitas surpresas, essas são as da melhor espécie para uns e da pior para outros), nem ouvimos o que Deus diz?
terça-feira, fevereiro 23, 2010
o que mais importa
Êxodo 4:1
“O povo creu; e ouviram que o Senhor visitava os filhos de Israel...”
Génesis 4:31
Era tão bom que eu tivesse razão pelo menos uma vez...
Quando digo que eles não crêem, discordando de Deus, que eles não cressem mesmo. O melhor era que, pela minha argumentação, Deus desistisse de me enviar.
Mas isso não acontece. Foi o mesmo com Jonas. Se Deus nos chama, não são os resultados que definem o sucesso, a nossa resposta, ou a nossa argumentação de servos desobedientes.
O que define a nossa resposta é a origem da chamada.
sábado, fevereiro 20, 2010
Melquisedeque
E deu-lhe o dízimo de tudo."
Génesis 14: 19-20
Logo a seguir...
"E o rei de Sodoma disse a Abrão: dá-me a mim as almas e a fazenda toma para ti."
Génesis 14:21
"Ora, sem contradição alguma, o menor é abençoado pelo maior."
Hebreus 7:7
Melquisedeque sempre foi, para mim, uma daquelas personagens enigmáticas como Enoque, como o Anjo do Senhor, das quais temos algumas ideias acerca, mas nada de muito factual porque é mesmo assim a participação deles na Palavra de Deus.
Mas é marcante que Abrão tenha dado o dízimo, aceitando, assim, a bênção do sacerdote misterioso, mas do rei da cidade impenitente (para ser) nenhuma comunicação material quis ter.
Nós escolhemos quem nos abençoa e nós escolhemos a quem damos o que é nosso.
Façamos sempre questão de que esse, seja sempre alguém maior do que nós. Que seja sempre O Maior.
sexta-feira, fevereiro 19, 2010
...e clamaram;
Êxodo 2:23b-24
Nós até gememos, fazêmo-lo é na direcção errada e pelas razões mais egoístas possíveis. Deus não está virado para gemidos modernos de não ter posses para comprar o carro que gostaria de ter, ou de não ter possibilidade de fazer esta ou aquela viagem nem de roupa ou sapatos, ou coisas.
Até porque antes do clamor, a fidelidade do povo era evidente. As parteiras puseram o seu "pescoço na corda" com o Rei.
segunda-feira, fevereiro 15, 2010
Nesta segunda - feira...
Está a nevar.
E mesmo que nevasse todos s dias, creio que todos os dias me admiraria com a beleza da neve.
Estou a estudar em casa, e digo-vos que a vista cá de cima (do sótão) é espantosa.
Estamos a meados de Fevereiro... "Vá, Ismael, uma forcinha, aguenta-te até, pelo menos, Março para comemorares cinco anos de blogue com alguma dignidade."
sábado, fevereiro 13, 2010
Em relação ao pecado.
Se há pecado na tua vida, abandona-o imediatamente.
Renuncia à mentira, aos mexericos, à desonestidade, ou o que quer que seja o teu pecado.
Abandona os prazeres mundanos, despesas extravagantes, a vaidade no vestir, no teu carro, na tua casa.
Acerta as contas com alguma pessoa que tenhas enganado. Perdoa a quem te tenha enganado.
Começa a usar o teu dinheiro para ajudar os pobres e para promover a causa de Cristo. toma a cruz e vive sacrificialmente.
Ora, vai aos cultos. Testemunha de Cristo, não apenas quando é conveniente, mas também quando sabes que o deves fazer. Não olhes aos custos e não temas as consequências.
Estuda a Bíblia para aprenderes a vontade de Deus e depois cumpre-a tal como a entenderes.
Começa hoje dando o primeiro passo e depois segue em frente."
A.W.Tozer em "Caminhos para o Poder"
sexta-feira, fevereiro 12, 2010
As quartas-feiras
... e como ele precisa de Deus!
O restaurante é propriedade de um casal. Ela Judia, ele Muçulmano. Nem sabia que isso fosse possível, mas pelos vistos é.
Temos, frequentemente, conversas muito interessantes.... tenho estudado mais o Velho Testamento ultimamente.
Nota: O que mata é pensarem que todos os caminhos vão lá dar.
terça-feira, fevereiro 09, 2010
A pior palavra do mundo
"... sim, devemos fazer a vontade de Deus, mas..."
"... os nossos tesouros não devem ser coisas, mas..."
Que palavra pequenina, que nos tira o pão espiritual das nossas bocas, faz-nos continuar na nossa vontade, confortáveis e seguros.
sábado, fevereiro 06, 2010
É hoje...
A nossa oração é para que Deus leve salvação às pessoas daquela localidade.
sexta-feira, fevereiro 05, 2010
... e se Ele ficasse nas nossas mãos?
Lucas 23: 25b
Até no caminho para a cruz Jesus não foi manipulável. Até ali Ele reinava.
Jesus pura a simplesmente decidiu entregar-se nas mão da sua criação. Ele quis nos responder à nossa suposta questão: "e se nós controlássemos Deus? o que aconteceria?"
Um juiz "marionete", um povo enraivecido e cego pelo pecado que nunca iria assumir e Jesus entregue a eles.
Foi Jesus quem se entregou a eles. Foi Jesus quem se entregou a nós. E nós com Jesus nas nossas mãos crucificámo-lo.
Também, creio que, com o castigo que estava sobre nós, com a missão que Jesus se adiantou para cumprir, era inevitável fazermos isto a Jesus.
Por mais doloroso que possa soar, foi isto que Deus permitiu, e foi isto que nos salvou.
quinta-feira, fevereiro 04, 2010
O meu primeiro relatório
No estilo daqueles que recebemos de missionários que estão longe, ou mesmo que estejam perto, ou que os tivessémos conhecido algures, ou então com intuito de conseguirem algum sustento.
A diferença é que o meu relatório estava mal escrito.
Mania de escrever como falo... e falo mal.
No mês que vem dou-lhes o link.
Nota: Para ficar bem escrito, tive que escrever menos. Repetições, voltas, explicações, tudo sem sair do mesmo lugar.
Interessante, o quão inúteis podem ser palavras extremamente úteis
quarta-feira, fevereiro 03, 2010
Síndrome do: "é bem feito, é para aprenderes"
Últimas notícias, bombástico... imginem isto gritado pelo ardina. era essa a intenção deste meu título.
Agora temos o belíssimo trabalho de acompanhamento das pessoas, explicar as questões, marcar um encontro semanal para aprendermos de Deus.
...gostava tanto de encher a casa da irmã Loretta.
sábado, janeiro 30, 2010
Lucas 20:27-47
Diria que até é o forte de quem, geralmente, não tem interesse nenhum por Cristo.
Jesus nunca respondeu a estas perguntas de "sim e não" com um sim ou um não. O Evangelho não dá prémios por respostas certas.
No fim (versículos 45-47) Jesus repreende estes intervenientes.
sexta-feira, janeiro 29, 2010
Neste primeiro mês...
O tempo tem sido usado para conhecer pessoas, tomar cafés e travar conhecimentos com Câmaras Municipais.
Há um véu que barra a compreensão das pessoas ao Evangelho.
quarta-feira, janeiro 06, 2010
apetecia-me a escrever o nome de Abraão com minúsculas, mas não foi assim que aprendi na primária.
Génesis 12: 17
Deus não se priva de intervir apesar das nossas más decisões. Ele intervém para socorrer a verdadeira vítima.
segunda-feira, outubro 26, 2009
sexta-feira, outubro 23, 2009
Uma pergunta aos grandes escritores do que quer que seja... Talvez acabem por sair duas.
A vossa solução é igual à minha?
sexta-feira, setembro 18, 2009
Humor que mata
Agora, não é que vão conseguir fazer do "Bloco" a terceira força política à "pala" do humor?
Louçã é que disse bem: "Uma coligação boa seria vocês a mandarem bocas e nós a preocuparmo-nos com as pessoas."
Até parece que o verbo está no tempo errado...
Cada um faz política como sabe.
No entanto, sou fã do humor deles.
quinta-feira, setembro 17, 2009
Notícia
Mas digo hoje...
Vou casar!
Génesis
As boas intenções, os planos (por vezes a megalomania toma conta), a sincera motivação que faz o propósito do plano.
Complicado é manter este "Jardim" com o tempo. A tendência mantém-se, a corrupção entra em cena, e perdemos de imediato o argumento: "... se eu fosse Adão não teria pecado..."
quarta-feira, agosto 19, 2009
Aparências
Parece que estou a trabalhar mas, o único argumento para ter ligado o computador foi escrever isto para cumprir o sonho.
Estas férias vou ler, talvez recomece a escrever nas férias.
domingo, julho 26, 2009
Lembra-me do cântico infantil... "grande, tão grande... mas é pequeno..."
Isaías 57:15